Tribuna Ribeirão
Política

Servidores municipais – Sindicato entrega pedido de reajuste

ALFREDO RISK

A reunião entre a comissão de negociação da campanha salarial de 2019 do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis (SSM/RP) e a do governo Duarte Nogueira Jú­nior (PSDB), para a entrega da pauta de reivindicações da categoria, foi antecipada para as 9h30 desta quinta-feira, 28 de fevereiro – estava agendada para sexta-feira, 1º de março.

O encontro será no Palá­cio Rio Branco e deve colocar frente à frente a diretoria do sindicato, presidido por Laerte Carlos Augusto, e os secretá­rios Manoel de Jesus Gonçal­ves (Fazenda) e Antonio Daas Abboud (adjunto da Casa Ci­vil) – o titular é Nicanor Lopes, que também comanda a pasta de Governo, e estava de férias até dias atrás.

Em assembleia geral, re­alizada na noite de segunda-feira (25), a categoria aprovou a pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano. Quer reajuste de 5,48% – são 3,78% de reposição da inflação acumulada entre fevereiro de 2018 e janeiro deste ano – com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indexador oficial usa­do pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, e mais 1,7% de aumento real.

O mesmo percentual (5,48%) será cobrado sobre o vale-alimentação da categoria e no auxílio nutricional dos aposentados e pensionistas. A pauta foi elaborada depois de 15 assembleias setoriais reali­zadas durante o mês de feve­reiro, com todas as secretarias e autarquias da administração municipal. Além dos itens econômicos, os trabalhadores também vão cobrar do go­verno mais investimentos em condições de trabalho, contra­tações, pagamento dos dez dias de férias em pecúnia, entre ou­tros tópicos.

O SSM/RP diz que a popu­lação aumentou e arrecadação também. Portanto, há mais trabalho, mas a receita cresceu. No ano passado, depois de dez dias, a greve do funcionalis­mo público de Ribeirão Preto chegou ao fim em 19 de abril, quando a categoria aprovou a terceira proposta oficial da pre­feitura e encerrou o movimen­to paredista, depois de mais de uma semana de protestos, pas­seatas, disputas judiciais e até invasão do plenário da Câmara de Vereadores.

Foi concedido reajuste sa­larial de 2,06% com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, com acréscimo de 20% de ga­nho real, totalizando 2,5% de aumento. O mesmo percentual foi aplicado no vale-alimenta­ção, que passou de R$ 862 para R$ 883,55, aporte de R$ 21,55, e na cesta básica nutricional dos aposentados. Os dias pa­rados não foram descontados, mas a categoria teve de repor o período de greve.

Outras seis propostas da lista de reivindicações enviadas pelo Sindicato dos Servidores ao Executivo foram atendidas. O percentual de 2,5% foi o mais baixo em cerca de 13 anos – em 2005, na gestão de Welson Gas­parini (PSDB), a categoria acei­tou abono de R$ 120 e, em 2007, aumento de 3%. A categoria já havia rejeitado duas propostas, de 1,81% e 2,06%, respectiva­mente. Deflagrada em 10 de abril, a paralisação completou dez dias e foi a segunda mais longa da história da categoria, já que em 2017 a greve durou três semanas (21 dias).

Em 2018, o sindicato pe­dia reajuste de 10,8%, mesmo índice de reposição sobre o valor atual do vale-alimenta­ção e da cesta básica nutricio­nal dos aposentados. No ano anterior, já na gestão Duarte Nogueira, os servidores aceita­ram aumento salarial de 4,69% em duas parcelas – a primeira ficou fixada em 2,35% no mês de março e 2,34% para setem­bro. Também receberam uma reposição de 4,69% em parcela única retroativa a março no va­le-alimentação e na cesta básica nutricional dos aposentados. Nenhum dia foi descontado dos grevistas.

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