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Saerp investe R$ 63 mi em obras

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Para aumentar o forneci­mento de água em toda a cidade e garantir a distribuição de for­ma setorizada, diminuindo as perdas, a Secretaria Municipal de Água e Esgotos de Ribeirão Preto (Saerp) irá investir mais de R$ 63 milhões na ampliação do sistema de abastecimento.

Apenas na construção de quatro novos poços, a secre­taria prevê investimento su­perior a R$ 26 milhões ainda neste ano. Serão construídos nas regiões dos bairros Campos Elíseos, Jardim Paiva, City Ri­beirão e Lagoinha e produzirão 250 metros cúbicos por hora de água cada, contribuindo com o abastecimento de toda a cida­de, que segue em expansão de forma significativa.

“Demos início ao processo licitatório para a contratação de empresa especializada para perfurar novos poços que irão contribuir no abastecimento das populações dos Campos Elíseos, Ipiranga, Alto do Ipiranga, Jar­dim Paiva, Jardim Paulo Gomes Romeo, Jardim Arlindo Laguna, Seme Cury, Jardim Botânico, Jardim Paulista, entre outros”, afirma o secretário da Saerp, Antonio Carlos de Oliveira Jr.

“Apenas no primeiro trimes­tre deste ano, tivemos quase 600 novas ligações de água e esgoto, fora as solicitações que soma­das aos serviços executados, dá um número muito maior, re­tratando a expansão da cidade e a necessidade de seguirmos investindo no sistema de abaste­cimento”, alega Oliveira Jr.

Para garantir que a água che­gue à população, a Secretaria está implantando o programa de setorização, com diversas obras pela cidade e modificando o modo como a água deve che­gar às torneiras das residências, diminuindo a pressão na rede e reduzindo os vazamentos.

Para a construção de novos seis reservatórios que fazem par­te da setorização, a Saerp prevê investir mais de R$ 37 milhões, processo que também já está em licitação. Serão construídos no Parque Ribeirão Preto, Quinta da Primavera, Vila Brasil, Par­que Industrial Tanquinho, Jar­dim Orestes Lopes de Camargo e no distrito de Bonfim Paulista.

“Se por um lado temos um aumento da produção, por ou­tro precisamos garantir que a distribuição esteja otimizada. Então, esses investimentos vêm para garantir o abastecimento de forma ininterrupta a toda a população”, afirma o secretário Antonio Carlos de Oliveira Jr.

A construção dos reservató­rios faz parte da setorização que integra o Programa de Redução de Perdas da Saerp. Tem como objetivo setorizar, por bairros, a rede de abastecimento de água em Ribeirão Preto. Com a cria­ção dos setores, o sistema de abastecimento mudará e a água será injetada do poço ao reserva­tório e depois para as torneiras.

Dessa forma, haverá uma diminuição da pressão na rede, reduzindo os estouros das tu­bulações e, consequentemente os vazamentos e as perdas. Uma das principais ações da setoriza­ção do abastecimento é a criação de 56 novos setores na cidade.

Para isso estão sendo im­plantados 65 quilômetros de adutoras e 250 válvulas de fe­chamento de setores, a cons­trução de 17 novos reservató­rios, com capacidade para 23,3 milhões de litros; perfuração de um novo poço e recupera­ção de outros nove.

Todas as obras permitirão a inversão do sistema de abaste­cimento. Hoje a maior parte do abastecimento, 70%, é feita em marcha, ou seja, segue do poço direto para os imóveis. Apenas 30% do volume captado vai para reservatórios. A partir da con­clusão das obras, 100% da pro­dução irá para estes espaços e de lá, para a rede de distribuição, o que permitirá a gestão da vazão e a redução da pressão, dimi­nuindo os vazamentos.

Pelo Programa de Gestão, Controle e Redução de Perdas de Água e Eficiência Energéti­ca, implantado em 2018, pelo extinto Departamento de Água e Esgotos (Daerp), Ribeirão Preto pretende colocar em prá­tica o maior projeto de redução de perdas da autarquia, com o objetivo de reduzir em 50% as perdas totais de água da cidade.

Além da produção e distri­buição, o programa também prevê a implantação dos Dis­tritos de Medição e Contro­le (DMCs), implantação do Centro de Controle Operacio­nal (CCO) e a implantação de um programa caça-fraudes, para encontrar e eliminar li­gações clandestinas e fraudes em hidrômetros.

Em 2018, na primeira gestão de Duarte Nogueira (PSDB) na prefeitura, o antigo Daerp recebeu investimento de R$ 121,7 milhões para o Programa de Gestão, Controle, Redução de Perdas de Água e Eficiência Energética. As per­das totais no sistema de distri­buição de água em 2021 foram de 47%. Em 2020 ficaram em 49,06%, ante 52,9% de 2019 e 55% em 2018.

Os dados são do “Ranking de Saneamento Básico das 100 Maiores Cidades 2023”, do Ins­tituto Trata Brasil e GO Asso­ciados. O índice de desperdí­cio despencou em cinco anos, de 61,5% em 2017 para 47%, ainda está acima da média na­cional, de aproximadamente 40%. Tirou nota 5,32 em uma escala que vai até 10,00.

Apesar de o ranking ser de 2022, os dados são do período anterior. Ribeirão Preto caiu do 34º para o 37º no ranking. A nota total da cidade foi de 7,79, pouco abaixo da pontuação de 7,89 em 2020, numa escala que vai até 10. O município já atingiu a universalização do saneamen­to básico, com 100% do atendi­mento urbano de água e 99,31% de coleta de esgoto.

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