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RP soma 25 furtos a escolas neste ano

O secretário interino da Educação de Ribeirão Preto, Alberto José Macedo Filho, e o adjunto da pasta, Antonio Abboud Daas, afirmaram nes­ta terça-feira, 30 de abril, que as 109 escolas da rede muni­cipal de ensino terão câma­ras de monitoramento para evitar furtos. A declaração foi dada durante audiência pública da Comissão Perma­nente de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Câ­mara de Vereadores.

Fazem parte da comissão o presidente Fabiano Guimarães (DEM), Luciano Mega (PDT) e João Batista (PP). A audi­ência, porém, foi tumultuada porque o plenário estava lota­do de servidores em greve. Eles levaram faixas e cartazes e fize­ram muito barulho – Macedo filho e Abboud Daas foram interrompidos várias vezes por causa dos gritos da plateia.

Segundo o secretário inte­rino, a licitação para a contra­tação de empresa especializada neste tipo de serviço já está sendo elaborada. Uma das cláusulas contratuais prevê que a vencedora se responsabilize pelos furtos que acontecerem até um determinado valor. Em relação à falta de Autos de Vis­toria do Corpo de Bombeiros (AVCBs), garante que também está sendo feita uma licitação no valor de R$ 400 mil para a elaboração dos projetos com esta finalidade.

Eles também citaram duas licitações que estariam em fase de homologação. Uma no valor de R$ 9,7 milhões para a manutenção predial das escolas e outra de R$ 3,4 milhões para adequações elétricas e hidráulicas, totali­zando R$ 13,1 milhões. “Nos casos das escolas que preci­sarem de reformas maiores, serão feitas licitações individu­ais para cada uma destas uni­dades”, explica Abboud Daas.

No começo do ano, uma operação desencadeada pelo Ministério Público Estadu­al (MPE), em parceria com o Conselho Regional de Enge­nharia e Arquitetura (Crea), vistoriou as 109 unidades escolares e constatou que a maioria tem problemas de falta de manutenção, falhas na rede de energia elétrica e na parte hidráulica, extin­tores com prazo de validade vencido e sistema de tubula­ção de gás. Por causa destes problemas, o Centro de Aten­ção Integral à Criança (Caic) Antonio Palocci, no José Sam­paio Júnior, na Zona Norte, foi interditado (leia nesta edição).

Balanço dos 25 furtos nas escolas municipais
Emei Maria Pontim: seis furtos
Cemei Professor Romualdo de Souza: cinco furtos
Emef Professor Jarbas Massulo: dois furtos
Eemei Elza Guazelli da Costa: dois furtos
CEI Deolinda Gasparini: dois furtos
Emef Paulo Mont Serrat Filho: dois furtos
CEI Alaor Galvão César: dois furtos
Emei Amélia Junqueira: um furto
Caic Antônio Palocci: um furto
Eemef Neuza Michelutti Marzola: um furto
CEI Opus Dei: um furto


Educação registra 25º caso de furto do ano
O Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Professor Eduardo Romualdo de Souza, na Vila Virgínia, Zona Oeste de Ribeirão Preto, foi mais uma vez alvo de bandidos e teve a fiação elétrica furtada pela quinta vez somente neste ano. O mais recente caso ocorreu na madrugada desta terça-feira, 30 de abril, e deixou alunos sem aula no período da tarde. Este foi o 25º caso de furto do ano em escolas da rede pública de ensino do município.

A Secretaria da Educação informou, por meio de nota distribuída à imprensa, que os 250 alunos foram dispensados “para que seja desligada a energia e realizada uma avaliação detalhada dos danos causados por este ato criminoso.” Pais de alunos dizem que o furto de fios de cobre no Cemei Professor Romualdo de Souza virou rotina. O promotor Naul felca, do Ministério Público Estadual (MPE), lembra que antes as escolas tinham zeladores, mas que a situação mudou por uma questão financeira, para cortar gastos.

Em 30 de novembro do ano passado, um estudante de 13 anos morreu dentro do Cemei e a suspeita é que tenha sofrido uma descarga elétrica por causa de um fio desencapado, depois de subir numa laje para pegar uma boa de futebol. A escola tem câmeras de monitoramento, mas pare­ce que os bandidos não se sentem incomodados. Nem mesmo a base da Polícia Militar a poucos metros do local inibe os criminosos. A Guarda Civil Municipal (GCM) diz ter sido avisada do furto por um vigia, mas quando chegou ao local o crime já havia sido consumado.

Cemei Professor Romualdo de Souza, na Vila Virgínia, foi furtado pela quinta vez neste ano: é a segunda escola mais visada pelos bandidos

A Professor Romualdo de Souza é o segunda do ranking em números de furtos – só perde para a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Maria Ponitn, no Quintino Facci I, na Zona Norte. Em março, as câmeras de segurança do Cemei flagraram o momento em que os ladrões levaram os fios de energia. A escola registrou boletim de ocorrência, mas até agora ninguém foi preso. Segundo a polícia, o objetivo dos ladrões é o cobre dos fios, vendido a R$ 17 o quilo, em média. A Secretaria Municipal de Educação pediu à Polícia Militar e à GCM que intensifique o patrulhamento na região.

As 25 ocorrências de furto e vandalismo em escolas da rede munici­pal deste ano representam 51% das 49 registradas em 2018 inteiro. Os casos são investigados pela Polícia Civil. Neste ano já foram registrados nove casos em janeiro, três em fevereiro, oito em março e cinco em abril. Dos 25 ataques de 2019, a subtração de cabos de cobre corresponde a nove, 36% do total, segundo a própria Secretaria Municipal de Educação.

O promotor Luiz Henrique Pacini Costa, da Promotoria da Infância e da Juventude, lembra que há dois anos o Ministério Público Estadual (MPE) vem desenvolvendo ações com blitze e autuações de depósi­tos que compram esse tipo de produto. Ele garante que a fiscalização e as incursões em ferros-velhos será reforçada. Ressalta que os donos destes estabelecimentos podem ser presos por receptação, além do fechamento do comércio.

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