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RP é a 19ª menos violenta do estado

Os crimes violentos caíram em 99 ou 71,2% dos 139 muni­cípios paulistas analisados pelo Índice de Exposição à Crimina­lidade Violenta (IECV). O índi­ce, elaborado pelo Instituto Sou da Paz com base nos registros de roubos, estupros e homicídios em cidades com mais de 50 mil habitantes, teve redução de 11% no primeiro semestre deste ano, ante o mesmo período de 2019.

Ribeirão Preto é a 19ª cidade menos violenta – ou a 121ª mais violenta. O IECV é calculado a partir da média ponderada de três subíndices de crimes: letais (homicídio e latrocínio), contra a dignidade sexual (estupro) e contra o patrimônio (roubo em geral, de veículo e de carga). O índice, ao agregar várias dimen­sões da violência e da segurança pública, permite avaliar diferen­tes tendências criminais.

Com população estimada em 703.293 habitantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geogra­fia e Estatística (IBGE), Ribeirão Preto obteve IECV geral de 2,09 por 100 mil moradores. O letal (ou de vida) ficou em 1,85, o de dignidade sexual em 1,33 e o de patrimônio, em 3,19.

Em relação ao IECV geral de 3,11 do ano passado, a que­da este ano chega a 32,8% em Ribeirão Preto. Em 2019 a ci­dade tinha 702.209 habitantes. Na comparação com o índice de 3,62 de 2016, a retração chega a 42,2% em cinco anos – eram 673.731 moradores.

Segundo a conclusão do Sou da Paz, as medidas restri­tivas e o isolamento social ado­tados em razão da pandemia do novo coronavírus deixaram as ruas das cidades vazias em boa parte do primeiro semestre deste ano. Principalmente entre março e maio, quando o temor da infecção era mais latente, a circulação de pessoas sofreu uma brusca mudança.

Com menos gente exposta, assaltos a pedestres, residências e comércios caíram, puxando a redução do IECV. Queda ainda mais expressiva se deu nas ocor­rências de estupro. A pandemia afetou o Estado de formas di­ferentes desde a confirmação do primeiro caso da doença no país, em 26 de fevereiro. A capi­tal enfrentou os primeiros efei­tos do avanço da covid-19, que foi se espalhando para o interior nos meses seguintes.

Em 24 de março, entrou em vigor o decreto estadual, válido para os 645 municípios, prevendo o fechamento do comércio e o funcionamento apenas de serviços essenciais. No início de junho, o Estado começou a reabrir. Em 40 ci­dades (28,7%) houve alta nos registros de crimes violentos, indicando que a melhora na segurança pública não se espa­lhou de maneira uniforme em diferentes regiões do Estado.

Na contramão da tendência de redução estadual, o indicador que contabiliza os assassinatos aumentou. O Estado somou 1.522 vítimas de homicídio nos seis primeiros meses do ano (média de oito casos por dia), o que representou a primeira alta semestral em sete anos. Em 55 cidades houve mais mortes violentas no primeiro semestre deste ano do que no primeiro semestre do ano passado.

A diretora executiva do Sou da Paz, Carolina Ricardo, diz que os dados surpreendem ao mostrar alta em quase 30% dos municípios analisados. “Chama atenção porque era um momento em que havia oportunidade para que o crime caísse”, explica. Em Ribeirão Preto, a taxa de homicídio em 2020 está em 3,13 por 100 mil habitantes, a de latrocínio em 0,43, a de roubo em 140,91, a de roubo de carga é de 0,85 e a de estupro, está em 23,46.

Na macrorregião de Ribei­rão Preto, três cidades apare­cem mais bem colocadas no ranking do que Ribeirão Preto. Monte Alto é a quinta

menos violenta (IECV geral de 1,26, zero em letalidade, 3.09 em dignidade sexual e 1,12 em patrimônio 1,12).

Depois aparecem Taquari­tinga em oitavo lugar (IECV de 1,57, além de zero em letalidade, 3,63 3m dignidade sexual e 1,60 em patrimônio) e Franca, na 13ª posição (IECV geral de 1,75, 1,31 no letal, 3,09 no sexual e 1,01 no patrimonial).

São mais violentas do que Ribeirão Preto as cidades de Barretos, na 70ª posição (IECV geral de 3,43, letal de 0,95, dig­nidade sexual de 9,36 e de pa­trimônio de 0,81), a 76ª coloca­da, Jaboticabal (3,15, 3,00, 4,03 e 2,48, respectivamente) e São Joaquim da Barra em 92º lugar (IECV geral de 2,78 e letal zero, taxa de 9,01 em dignidade se­xual e de 0,24 em patrimônio.

Também são mais vio­lentas do que Ribeirão Preto Bebedouro, em 98º lugar no ranking da mais violentas (2,66 Geral, zero em letalidade, 8,04 em dignidade sexual e 0,83 em crimes contra o patrimônio), a 108ª colocada Sertãozinho (2,53, 0,92, 6,19 e 1,01, respec­tivamente) e Batatais, na 109ª posição (IECV geral de 2,50, letal de 0,93, 6,65 de dignidade sexual e de 0,4 em patrimônio).

Os números de Ribeirão Preto
Ribeirão Preto 2016 *
População: 673.731 habitantes
IECV geral: 3,62
IECV letal (vida): 2,25
IECV dignidade sexual: 2,85
IECV patrimônio: 6,21
Taxa de homicídio: 3,86
Taxa de latrocínio: 0,15
Taxa de roubo outros: 274,44
Taxa de roubo de carga: 1,93
Taxa de roubo de veículo: 44,68
Taxa de estupro: 5,49
* Obs: taxa por 100 mil habitantes

Ribeirão Preto 2019 *
População: 702.209 habitantes
IECV geral: 3,11
IECV letal (vida): 1,76
IECV dignidade sexual: 2,52
IECV patrimônio: 5,51
Taxa de homicídio: 2,99
Taxa de latrocínio: 0,28
Taxa de roubo outros: 239,67
Taxa de roubo de carga: 2,99
Taxa de roubo de veículo: 45,71
Taxa de estupro: 4,84
* Obs: taxa por 100 mil habitantes

Ribeirão Preto 2020 *
População: 703.293 habitantes
IECV geral: 2,09
IECV letal (vida): 1,85
IECV dignidade sexual: 1,33
IECV patrimônio: 3,19
Taxa de homicídio: 3,13
Taxa de latrocínio: 0,43
Taxa de roubo (outros): 140,91
Taxa de roubo de carga: 0,85
Taxa de estupro: 23,46
Taxa de estupro: 2,56
* Obs: taxa por 100 mil habitantes Posição no ranking: 19ª menos violenta (ou 121ª mais violenta)

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