Tribuna Ribeirão
Política

Reforma tributária – Ministro entrega proposta ao Congresso

MICHEL JESUS/CÂMARA DOS DEPUTADOS

O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou, na tar­de desta terça-feira, 21 de julho, a proposta de reforma tributária do governo federal. Ele esteve no Congresso Nacional em reunião com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e o presidente da Câmara, Rodri­go Maia (DEM-RJ).

O deputado ribeirão-preta­no Baleia Rossi (MDB) parti­cipou da solenidade, já que é o relator da proposta de reforma tributária na Câmara. “Hoje é um dia histórico para o Brasil. Vamos unir forças e conseguir ajustar um texto para entregar uma reforma tributária que, en­fim, após 30 anos, simplifique e desburocratize nosso sistema tributário”, diz o presidente na­cional do MDB.

“Dessa forma, melhorar o ambiente de negócios, aumen­tar os investimentos. Além de gerar emprego e renda”, emen­da Baleia Rossi. Agora, o proje­to do governo federal será in­corporado aos das duas Casas de Lei do Congresso, ambos já em discussão, em comissão es­pecial mista.

Também participaram da audiência o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, o senador Roberto Rocha (PSDB-MA), o relator da PEC 45, deputado Agnaldo Ribeiro (PP-PB) e o presidente da comissão espe­cial, deputado Hildo Rocha (MDB-MA).

“Hoje o governo federal en­trega parte para ser acoplada aos debates e aos temas construídos na comissão, para que a gente saia com uma proposta unísso­na de reforma tributária”, disse Alcolumbre. Ele também mos­trou-se otimista em relação ao aumento de investimentos no país devido à reforma.

“Damos mais um passo sig­nificativo no rumo da sonhada reforma tributária brasileira. Um emaranhado de legislações, portarias e resoluções compli­cam a vida dos investidores, atrapalham o ambiente brasilei­ro e, com ela [reforma], teremos a oportunidade de construirmos esse novo ambiente propício para o desenvolvimento”.

Propostas do Congresso
A proposta de emenda à Constituição nº 45/2019 é de autoria da Câmara e a PEC nº 110/2019 do Senado. Segundo especialistas, as duas são se­melhantes nos seus objetivos, mas diferentes no conteúdo – abrangência, prazos de tran­sição e grau de autonomia de União, estados e municípios de fixarem alíquotas de impostos, taxas e contribuição. Ainda não há uma data para a retomada das reuniões da comissão.

Para Maia, a simplificação tributária poderá gerar em­pregos e ampliar a renda da população. “Independente do que vai ser aprovado, o impor­tante é que, em conjunto com o Poder Executivo, a gente possa avançar numa reforma tributá­ria que, de fato, dê segurança jurídica para o setor produtivo investir no Brasil, gerar empre­go e renda”.

Segundo Guedes, a pro­posta do governo é comple­mentar às propostas da Câma­ra e do Senado, ambas já em discussão no Congresso. Des­sa forma, o governo apenas abordou uma simplificação de tributos federais. “Trazemos o IVA, o Imposto sobre Valor Adicionado dual, […] mas nunca porque quisemos ter só o imposto federal, mas para complementar a reforma da Câmara, que já era a do IVA em nível de estados e municí­pios”, disse o ministro.

“Em sinal de respeito, nós oferecemos uma proposta técnica do IVA, mas com apoio total ao que está esti­pulado na PEC 45, que busca o acoplamento desses impos­tos”, acrescentou Guedes. Ele esclareceu que o governo ain­da mandará propostas em re­lação a outros tributos. Essas propostas, sobre Imposto de Renda, dividendos e Imposto sobre Produtos Industrializa­dos (IPI), poderão ser acres­centadas aos textos já em dis­cussão no Congresso.

O IVA dual, citado por Guedes, prevê a unificação de diversos tributos em dois im­postos: um federal e outro re­gional. Em tese, tributos como o Imposto sobre Produtos In­dustrializados (IPI) e o Impos­to sobre Operações Financeiras (IOF) poderiam ser unificados, mas o ministro explicou que, no nível federal, o IVA fundirá o Programa de Integração So­cial (PIS) e a Contribuição so­bre o Financiamento da Segu­ridade Social (Cofins). O IVA federal deverá ter uma alíquota entre 11% e 12%.

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