Tribuna Ribeirão
Economia

Preços caem 1,29% na porta da fábrica

O Índice de Preços ao Pro­dutor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de trans­formação, registrou queda de 1,29% em dezembro, informou nesta quarta-feira, 1º de feverei­ro, o Instituto Brasileiro de Ge­ografia e Estatística (IBGE). A taxa de novembro foi revista de uma queda de 0,54% para um recuo de 0,52%.

Com o resultado, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumen­to de 3,13% em 2022, terceiro menor valor acumulado no ano desde o início da série histórica, em 2014. O Índice de Preços ao Produtor mede a evolução dos preços de produ­tos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da in­dústria de transformação.

Considerando apenas a in­dústria extrativa, houve queda de 7,21% em dezembro, após a queda de 1,65% registrada em novembro. Com isso, o IPP da indústria extrativa fechou com queda de 7,92% em 2022. Já a indústria de transformação re­gistrou queda de 1,0% em de­zembro, ante um recuo de 0,47% no IPP de novembro.

Com isso, o IPP das indús­trias de transformação fechou o ano passado com alta de 3,70%. A alta de 2022 foi apro­ximadamente 25 pontos per­centuais menor que a de 2021, de 2,88%. Segundo o gerente do IPP, Felipe Câmara, esse resultado consolida a trajetó­ria deflacionária da indústria iniciada no segundo semestre.

Segundo ele, essa trajetória pode ser associada, em grande medida, aos preços em baixa das commodities no mercado in­ternacional. “Barril de petróleo, minério de ferro e insumos ferti­lizantes são alguns dos produtos de destaque nesse sentido”, diz.

Aumentos pontuais
No caso dos alimentos, a li­geira alta observada em dezem­bro está associada a aumentos de preço pontuais. “Produtos com influência grande no resultado do setor, como carne bovina e leite, mantiveram a dinâmica de meses anteriores, com os pre­ços em viés de baixa em face da maior oferta nesta época do ano.”

“Essa influência foi supe­rada por aumentos como o do açúcar cristal, provocado por uma expansão lenta da oferta nacional, ou do farelo de soja, que acompanhou a alta cor­rente do mercado internacio­nal”, acrescenta o pesquisador.

As atividades que, em de­zembro de 2022, tiveram as maiores variações no acu­mulado do ano foram papel e celulose (19,45%), impressão (19,17%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,99%) e fabricação de máquinas e equipamentos (15,71%).

Já as principais influências no acumulado da indústria geral vieram de refino de petróleo e biocombustíveis (1,23 ponto per­centual -p.p.), outros produtos químicos (-1,21 p.p.), alimentos (1,20 p.p.) e metalurgia (-0,87 p.p.), aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística .

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