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Pesquisa constata que somente 11% consideram a hipertensão um fator de risco para as doenças cardiovasculares

A pesquisa SOCESP foi realizada com 2.764 pessoas, nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Osasco, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e na capital paulista (Reprodução)

Metade da população não sabe identificar a pressão alta. O estudo está sendo divulgado por conta do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, celebrado agora em 26 de abril, e a SOCESP promove uma campanha de conscientização sobre a doença

A hipertensão responde por 45% das mortes cardíacas e por 51% dos óbitos por outras causas, como o acidente vascular cerebral (AVC). Estudos publicados nas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão apontam que 32,3% dos brasileiros convivem com pressão arterial alta em todas as faixas etárias e, após os 60 anos, esse percentual sobe para 65%.

Em pesquisa inédita da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP, apenas 11% dos entrevistados mencionaram a hipertensão como fator que aumenta o risco cardíaco. Além disso, só metade da amostragem identificava que é considerada pressão alta quando os parâmetros estão acima de 14 x 9. Outros 32% disseram equivocadamente ser acima de 16 x 9 e 17% acima de 15 x 8.

“A falta de conhecimento sobre o que leva ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares talvez seja o mais letal dos fatores de risco para estas patologias, responsáveis por cerca de 30% dos óbitos no país. Sem saber o que pode ser prejudicial, as pessoas negligenciam os cuidados com a saúde”, constata a cardiologista e coordenadora do SOCESP Mulher, Maria Teresa Nogueira Bombig.

A hipertensão arterial é caracterizada pela pressão sistólica (máxima) com valores iguais ou maiores que 140 mmHg e a diastólica (mínima) igual ou maior que 90 mmHg ou simplesmente 14 x 9. “Para ser diagnosticado como hipertenso, o paciente deve apresentar estes números em dois ou mais momentos diferentes do dia”, explica o também cardiologista e assessor científico da SOCESP, Carlos Alberto Machado.

Ao longo do mês de abril, a SOCESP irá promover uma campanha com postagens em suas mídias sociais e site com orientações sobre prevenção e cuidados em relação à doença. Além disso, irá exibir entrevistas no canal do YouTube e podcasts informativos com especialistas.

Maria Teresa Bombig esclarece que combater e prevenir a hipertensão passa necessariamente por uma dieta mais regrada, com critério na ingestão de sal. “A orientação é de até 5 gramas/dia, mas o brasileiro consome muito mais, entre 10 e 12 gramas/dia. Necessário uma redução urgente, além de aumentar o consumo de alimentos ricos em potássio, como frutas e hortaliças abacate, açaí, banana nanica, banana prata, damasco, figo, fruta do conde, goiaba, graviola, jaca, kiwi, laranja pera, mamão, maracujá, melão, mexerica, uva, nectarina, frutas secas etc”, exemplifica a cardiologista, que completa: “optar por leite e derivados desnatados e adicionar ao preparo das receitas temperos naturais, como ervas e especiarias, em substituição ao sal”.

“O controle da alimentação e a prática de exercícios ajudam a afastar a obesidade, outro algoz da pressão arterial”, lembra Carlos Alberto Machado. Porém, infelizmente, a atividade física não está presente na rotina da maioria. Na pesquisa da SOCESP, apenas 26% dos entrevistados se exercitam quatro ou mais vezes por semana.

A pesquisa SOCESP foi realizada com 2.764 pessoas, nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Osasco, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e na capital paulista. Entre os entrevistados, 23% tinham acima de 55 anos; 14% entre 44 e 54 anos; 17% de 35 a 44 anos; 20% de 25 a 34 anos; 25% de 15 a 24 anos e 1% da amostragem tinham menos de 14 anos. 58% dos respondentes eram mulheres.

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