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O restauro da elegante avenida

Agora é oficial. A licitação foi concluída e a empresa respon­sável pelo restauro da avenida 9 de Julho já foi contratada, com extrato de contrato publicado no Diário Oficial do Município do último dia 24 de maio. É momento de iniciar as obras e aguar­dar a conclusão, em doze meses, como previsto na licitação e no contrato. Isso significa a possibilidade de que no aniversário de Ribeirão Preto de 2024 já teremos a nossa majestosa aveni­da totalmente restaurada. É mais uma obra que irá melhorar a mobilidade, além de devolver à nossa cidade uma via elegante e de ímpar significado para o desenvolvimento da cidade.

Patrimônio histórico de Ribeirão Preto, a avenida 9 de Julho, que completou cem anos no dia 7 de setembro do ano passa­do, será restaurada e ganhará corredor exclusivo de ônibus. A vencedora da licitação e responsável pela obra é a Construtora Metropolitana S.A. O valor a ser investido é de R$ 31,1 milhões. O trabalho respeitará todos os critérios de tombamento dos itens que constituem patrimônio histórico. Serão dois quilômetros de extensão, um de cada lado da avenida, a partir do cruzamento com a avenida Independência até a esquina da rua Tibiriçá, todo o trecho onde o calçamento é de paralelepípedo.

Via importante e histórica, a 9 de Julho é parte da vida de quem mora ou conhece Ribeirão Preto. Difícil é encontrar quem tenha alguma vivência na cidade e que não tenha passado pela via. E fácil encontrar quem dela guarde alguma lembrança ou tenha saudade de algum detalhe que se perdeu no tempo, como os imponentes casarões dos grandes empresários e cafeicultores de singular importância, hoje transformados em empresas e instituições financeiras. Há também quem se lembre dos bares e restaurantes que marcaram época na vida de adolescentes, jovens e nem tão jovens assim.

As obras têm o objetivo de melhorar o trânsito, embelezar a avenida e trazer de volta o charme que a 9 de Julho teve em outros tempos. Sem, no entanto, se esquecer de preservar os centenários paralelepípedos e azulejos portugueses que formam os mosaicos do canteiro central, ambos tombados pelo Conp­pac (Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural) e pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico). Também são patrimônios e serão preservadas as árvores sibipirunas, que há mais de 70 anos sombreiam a avenida e formam tapetes amarelos que encantam motoristas e pedestres.
Todos os paralelepípedos serão retirados e recolocados de forma totalmente alinhada. Depois de retirados, será feita a com­pactação de terra na base do solo, ou subleito. Em seguida, o piso receberá uma camada de brita e, sobre ela, outra camada de 12 cm de concreto armado. Depois desta, o solo ainda receberá um berço de areia compactado. Somente após esta etapa será feita a recolocação dos paralelepípedos, que ficarão totalmente nivela­dos, sem perigo de ocorrer novamente os desníveis atuais que há décadas incomodam motoristas e usuários de ônibus.

A obra prevê também que nas esquinas centrais, os canteiros serão ampliados até o alinhamento com as ruas – hoje, eles são mais largos, formando uma área de retorno bem maior que a largura das ruas que cortam a avenida. Com isso, os canteiros ganharão uma área extra, em cada esquina, permitindo que a construção das rampas para acesso de pessoas com deficiência seja feita bem longe das raízes das árvores. Obras de macro­drenagem também serão feitas para o perfeito escoamento das águas pluviais.

Será um trabalho completo, para devolver a funcionalidade à avenida, juntamente com toda a beleza que ela merece.

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