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O Novo Testamento (continuação) 

Cleison Scott *
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“E sem dúvida o nosso tempo… prefere a imagem à coisa, a cópia ao original, a representação à realidade, a aparência ao Ser… Ele considera que a ilusão é sagrada, e a verdade é profana. 

“E mais: a seus olhos o sagrado aumenta à medida que a verdade decresce e a ilusão cresce, a tal ponto que, para ele, o cúmulo da ilusão fica sendo o cúmulo do sagrado”. 

 

Feuerbach (A essência do cristianismo) citado por Debord em A Sociedade do Espetáculo 

 O Império Romano passou todo o século III de nossa era se desmanchando, com Tetrarcas disputando o poder, todos almejando ser o único imperador e como nenhum deles conseguiu seu intento o resultado foi um império dividido e enfraquecido. Depois de uma série de acontecimentos num cenário de violência e sangue, com Constantino vencendo e se utilizando de muitos embustes falaciosos acabou como imperador de um império não dividido, mas também, não unido o suficiente para dar-lhe tranquilidade.

Ele desejava a todo custo assumir o posto de representante de Deus na Terra. Uma alternativa seria ter continuado as batalhas, mas, seu custo em recursos e vidas humanas seriam enormes e, provavelmente não terminaria melhor do que já estava. Resolveu criar uma religião para fazê-lo através dela sem os altos custos em recursos e vidas se possível. Como pretendia usá-la como instrumento de união todas as escolhas a seu respeito tinham que ser cuidadosamente orientadas, começando pelo nome: Católica = Universal em Grego.

Em 312 quando invadiu Roma, os Cristãos Primitivos eram 10% da população Romana e Constantino ficou impressionado com sua solidariedade entre eles e fidelidade aos ensinamentos de seu Ícone, Jesus, o Cristo, a despeito dEle já não mais estar entre eles há quase 300 anos; essa era a postura que a nova religião precisava para ser Universal; um ícone sobre cuja perfeição não se discute. Por isso, em 325, no Concílio de Nicéia, 13 anos mais tarde, ele afirmou que sua conversão ao Cristianismo teria ocorrido em 312, sobre a ponte Mílvia ao avistar uma cruz no céu sobre a inscrição“In Hoc Signo Vinces (Com este Signo Vencerás)”e atirou da ponte seu cunhado, Maxêncio o último que impedia que assumisse o controle de tudo. 

 Emmet Fox, com quem aprendi a compreender a Bíblia, mostra que Ela toda trata do Espírito do homem. Com este Evangelho, que o Concílio de Niceia não incluiu na Bíblia, não é diferente. Desta forma, nele o significado da palavra Paz, refere-se à Paz de Espírito. É lógico que a ausência de guerra é importante, já que não há paz de espírito durante os conflitos armados. Por outro lado, a palavra Anjo deve ser compreendida como ‘Poderes e Forças existentes em tudo o que tem Vida, no nível não aparente, oculto aos olhos físicos’. 

Em sua intensa pesquisa para descobrir os segredos de como se relacionar com a Fonte, Gregg Braden também encontrou no Tibete como dar força às orações, quando o Abade, em resposta à sua pergunta, disse que o objetivo das expressões externas da oração é encontrar e movimentar o sentimento correto para se alcançar o que se deseja.

Quanto mais intensos e concentrados são os estudos metafísicos, muitas vezes somos levados a, inconscientemente, dar menor importância ao nosso corpo. No entanto, neste ‘O Evangelho da Paz’, Jesus afirma que para alcançar o estado de espírito correto, primeiro devemos estabelecer a paz em nosso corpo, já que um corpo conturbado por qualquer tipo de anomalia deixará de refletir a Luz. Em seguida fala da importância de nossos pensamentos – a mais poderosa força do Universo –, força capaz de sacudir os céus. Pensamentos agressivos de ódio, mágoa, medo, insegurança, inveja, carência, crítica etc., quer seja contra outrem ou contra nós mesmos, impedirão a aproximação do Anjo do Amor em nossos sentimentos. 

Resumindo:

Buscar um local tranquilo, uma posição confortável para estabelecer a Paz em nosso corpo; 

Obedecendo a 1ª grande lei mental, substituir todos os pensamentos negativos, por mais razão que se acredite ter, por pensamentos de Amor incondicional a tudo e a todos. Os pensamentos constroem o desejo, o que leva à emoção; 

Os sentimentos gerados nestas condições são os mais puros, e quando alcançados, nos dão a certeza de que qualquer coisa desejada foi atendida, o que resulta em um sentimento de Paz e consequente profunda gratidão. 

Isto mostra porque Jesus agradecia o fato de a prece já ter sido atendida, antes de sua precipitação no nível físico.

* Administrador de empresas com especialização em Marketing 

 

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