Tribuna Ribeirão
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Lotação em ônibus na mira da Câmara

JF PIMENTA/ARQUIVO

O vereador Bertinho Scan­diuzzi (PSDB) está cobran­do da prefeitura de Ribeirão Preto informações sobre que medidas foram adotadas pelo Consórcio PróUrbano – grupo concessionário do transporte coletivo na cidade, formado por Rápido D’Oeste (50%) e Transcorp (50%) – para evitar a superlotação dos ônibus.

Ele se baseia na lei número 14.571/2021, que autorizou o repasse de R$ 17 milhões ao consórcio como forma de mi­tigar o desequilíbrio financeiro causado pela pandemia do co­ronavírus. O pedido de infor­mações, via requerimento, foi aprovado na sessão de quinta­-feira, 28 de outubro. O tucano é autor de duas emendas que condicionam a liberação de re­cursos a medidas sanitárias de combate à covid-19.

A primeira estabelece que o consórcio deverá reforçar a hi­gienização do transporte públi­co e a manutenção de distancia­mento nos terminais, pontos de parada de ônibus e veículos para evitar a propagação do corona­vírus. Já a segunda determina 100% da frota nas ruas para evitar aglomeração.

O pedido de informações foi elaborado após o anúncio de que o PróUrbano recebeu 450 autuações este ano, entre janeiro e setembro, mais de uma por dia. O número foi apresentado pela Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp).

As multas foram aplica­das por vários motivos, como superlotação de veículos, des­cumprimento de horários, des­vio de itinerários das linhas de ônibus e falta de higienização. O valor total das autuações chega a R$ 113 mil. Ribeirão Preto possui uma frota de 354 ônibus no transporte coletivo que operam 117 linhas.

Dados da Transerp indi­cam que houve um aumento de 132,1% no volume de passa­geiros em cerca de quatro me­ses, de aproximadamente 56 mil por dia em junho para 130 mil atualmente. São 74 mil a mais. Depois de ser notificado sobre as autuações, o consórcio tem 30 dias para recorrer.

No requerimento, o par­lamentar questiona também qual a programação opera­cional apresentada pela Tran­serp ao Consórcio PróUrba­no para evitar aglomeração no interior dos ônibus e ter­minais de integração, sobre­tudo nos horários de pico.

“Estamos no quinto mês de vigência da lei municipal n.º 14.571/2021 e, constantemente recebemos reclamações sobre a má qualidade do transporte público em nossa cidade, princi­palmente, quanto à superlotação dos ônibus. De acordo com a le­gislação em referência, restou es­tabelecido que o limite máximo de lotação seria de 60% do total da capacidade de passageiros a serem transportados pelos veí­culos”, diz Scandiuzzi.

“Porém, os indicadores de­monstram o contrário”, afirma parte do documento. O parla­mentar cobra ainda que, diante do descumprimento das exi­gências previstas na lei, os re­passes referentes aos meses de outubro, novembro e dezem­bro sejam suspensos.

A prefeitura de Ribeirão Preto aceitou os 134 ônibus oferecidos pelo Consórcio PróUrbano como caução pelo repasse de R$ 17 milhões que a administração municipal li­berou para mitigar o desequi­líbrio no setor causado pela pandemia de coronavírus.

São 68 veículos da Rápido D’Oeste e 66 da Transcorp. A proposta de caução foi enca­minhada para o secretário mu­nicipal de Justiça, Alessandro Hirata, após o consórcio ser notificado oficialmente pela pasta sobre a decisão liminar expedida pela juíza Lucilene Aparecida Canella de Melo, da 2ª Vara da Fazenda Pública.

No documento anexado ao processo e assinado pelo gestor do PróUrbano, Gustavo Men­ta Vicentini, o consórcio listou todos os veículos com o valor de cada um e o total oferecido como garantia. Os 68 veículos da Rápido D’Oeste totalizam R$ 8.959.376,00.

Os 66 ônibus da Transcorp valem R$ 8.112.573,00. O total chega a R$ 17.071.949,00. Na média, cada unidade vale R$ 127 mil. O PróUrbano também apresentou no documento um histórico sobre os motivos que teriam causado o desequilíbrio econômico de R$ 50 milhões.

Segundo o Portal de Trans­parência da prefeitura de Ribei­rão Preto, foram liberados R$ 5 milhões em junho, R$ 2 milhões em julho, R$ 2 milhões em agos­to e R$ 2 milhões em setembro. Os outros R$ 6 milhões serão repassados nos meses de outu­bro, novembro e dezembro.

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