Tribuna Ribeirão
Economia

Jesus! – Etanol pode subir 16% nas bombas

ALFREDO RISK/ARQUIVO TRIBUNA

A Central de Monitora­mento do Núcleo de Postos da Associação Comercial e Indus­trial (Acirp) – que reúne 85 re­vendedores de combustíveis da cidade, o equivalente a 50% do mercado local – informa que o etanol teve um reajuste de pre­ço de aproximadamente 16% nas distribuidoras, variação apurada entre o dia 1° e segun­da-feira, 8 de abril.

O aumento ocorre por causa de uma corrida das dis­tribuidoras para compra do estoque remanescente nas usinas de açúcar e álcool no estado de São Paulo. “Porém, como a safra não está consoli­dada, as unidades produtoras não têm mercadoria suficiente para atender à demanda, o que resulta em um aumento ines­perado no preço”, diz em nota.

“O Núcleo Postos Ribeirão Preto alerta aos consumidores sobre essa mudança, que deve refletir em um aumento no va­lor cobrado pelo produto nas mesmas proporções nas bom­bas durante esta semana”, avisa. O preço do etanol parou de cair nas usinas paulistas, segundo o Centro de Pesquisas Econômi­cas (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universi­dade de São Paulo (USP).

Depois de acumular queda de 13,1% em cerca de um mês, na semana passada o litro do hidratado registrou leve alta de 0,89% nas unidades produto­ras, em plena safra da cana-de -açúcar, passando de R$ 1,6332 para R$ 1,6478. Havia recuado 7,66% na semana anterior – já havia caído 0,87% no dia 15 e mais 4,57% no dia 22. Antes do início da safra, registrou alta superior a 21% em cerca de dois meses.

Segundo o estudo realizado entre 29 de março e sexta-feira, 5 de abril, o anidro – adiciona­do à gasolina em 25% – tam­bém subiu 0,89%, de R$ 1,8391 para R$ 1,8554. Até dia 29 acu­mulava queda de 4,27% em três semanas. A retração já chegou às bombas de Ribeirão Preto.
Na sexta-feira (5), a Pe­trobras reajustou em 5,61% o preço médio do litro da ga­solina sem tributo e sem mis­turas nas refinarias. Saltou de R$ 1,8326 para R$ 1,9354. Em cerca de 45 dias, o valor do derivado de petróleo au­mentou quase 20% (cerca de 19,61%) nas unidades pro­dutoras. Segundo o último levantamento da Agência Na­cional de Petróleo, Gás Natu­ral e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 31 de março e 6 de abril, em 108 ci­dades paulistas, a gasolina ri­beirão-pretana custa, em mé­dia, R$ 4,148, contra R$ 4,228 da semana anterior, queda de 1,9% e desconto de R$ 0,08.

Alguns postos baixaram os valores cobrados para a ga­solina nos últimos dias. Nos bandeirados, custa, em média, R$ 4,30 (R$ 4,298), mas há re­vendedores que cobram menos (R$ 4,20, ou R$ 4,199) e outros que praticam valores mais altos – cerca de R$ 4,40 (R$ 4,399). Nos sem-bandeira, o derivado de petróleo custa, em média, entre R$ 3,95 (R$ 3,949) e R$ 4 (R$ 3,999), mas há locais que vendem o produto a R$ 3,82 (R$ 2,819).

A estatal também mante­ve sem alteração o preço do óleo diesel, em R$ 2,1432 – nas bombas de Ribeirão Pre­to custa, em média, entre R$ 3,24 e R$ 3,32 (sem-bandeira) e R$ 3,45 e R$ 3,50 (bandeira­dos). Segundo a ANP, o litro do produto está 3% mais caro em Ribeirão Preto. Em uma semana passou de R$ 3,323 para R$ 3,426, acréscimo de R$ 0,103. Nas refinarias o re­ajuste será quinzenal.

Segundo a ANP, o litro do etanol é vendido por R$ 2,725 na cidade, queda de 3,3% em comparação com o valor da semana anterior, de R$ 2,818, abatimento de R$ 0,093. Nos postos bandeirados, o álcool custa entre R$ 2,60 (R$ 2,597) e R$ 2,90 (R$ 2,899). Nos sem -bandeira, o derivado da cana-de-açúcar é vendido entre R$ 2,52 (R$ 2,519) e R$ 2,60 (R$ 2,599).
Considerando os valo­res médios da agência, de R$ 2,725 para o álcool e R$ 4,148 para o derivado de petróleo, ainda é mais vantajoso abaste­cer com etanol, já que a parida­de está em 65,7% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.

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