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Interrogatório dos réus pode ser antecipado

Quarto dia de julgamento demorou pouco mais de duas horas e duas das sete testemunhas convocadas foram dispensadas

Por: Adalberto Luque

O quarto dia do júri no caso do menino Joaquim Ponte Marques, que ocorreu nesta quinta-feira (19) foi o mais rápido desde que Guilherme Longo e Natália Pontes começaram a ser julgados, na segunda-feira (16). Foram pouco mais de duas horas de sessão.

Das sete testemunhas convocadas, duas foram dispensadas de depoimento. O psiquiatra Cristiano Cardoso Moura relatou que não teve contato com o caso, apenas fez uma análise na reportagem de uma revista que cobriu a morte da criança. Um dos dois peritos convocados também foi dispensado do depoimento.

Presenças

Dimas e Augusta, pais de Guilherme Longo, chegam para mais um dia de julgamento (Foto: Alfredo Risk)

Todos os sete jurados convocados compareceram ao Fórum. A ré Natália Ponte chegou pelos fundos, numa área onde a imprensa não tem acesso, como tem feito todos os dias. O pai da criança, Arthur Paes Marques, entrou pelo portão principal, acompanhado do assistente de acusação Alexandre Durante.

Os pais de Longo, Dimas e Augusta, também foram acompanhar a sessão. Ambos já prestaram depoimentos na terça-feira (17) e quarta-feira (18), respectivamente.

Testemunhas

O pediatra Aziz foi o primeiro a depor (Foto: Alfredo Risk)

Ao chegar ao Fórum, o médico legista Gustavo da Silveira Orsi disse que pretendia explicar o trabalho da perícia. “Tenho todas as anotações que a gente coletou no IML, na ocasião, em 2013, e o que precisar, estamos aqui para esclarecer em relação ao laudo e à perícia que foi realizada”, disse.

Além de Orsi, foram ouvidos o pediatra Azis Elias Esper, médico de Longo até os 11 anos; Natália Fernanda de Gaetani, professora de Joaquim; o médico legista Maurício Moretto e o perito da Polícia Técnico-Científica em Barretos, à época do crime, Júlio de Carvalho Ponce.

Wesley Martins, assistente de defesa de Natália, considerou importante depoimento da professora de Joaquim (Foto: Alfredo Risk)

Quinto dia

Nove testemunhas foram convocadas para depor no quinto dia de julgamento, nesta sexta-feira (20). Serão dois peritos criminais, uma perita em toxicologia do Instituto de Criminalística, uma médica patologista, outro médico legista e professor da Academia de Polícia Civil, duas psicólogas e duas educadoras. São testemunhas técnicas e pessoas próximas à ré Natália.

Antecipação do interrogatório dos réus

Ao sair do Fórum, Alexandre Durante, advogado que representa Arthur, pai de Joaquim, admitiu que o interrogatório dos réus pode ser antecipado para esta sexta-feira (20). “Vamos aguardar para amanhã as demais testemunhas e, se as defesas concordarem, os interrogatórios”, explicou.

Segundo Durante, se as defesas concordarem, interrogatório de Longo e Natália pode ser feito no quinto dia de julgamento (Foto: Alfredo Risk)

Durante também falou sobre uma entrevista que longo deu em 2016, com exclusividade, à Record TV Interior, onde afirmava ter matado a criança por asfixia. “Aquela questão do mata-leão está praticamente descartada. Os peritos já tinham atestado que não tinha sinal de esganadura, não tinha sinal de violência no pescoço do Joaquim.”

O advogado Wesley Felipe Martins, assistente da defesa de Natália, disse que o depoimento da professora de Joaquim foi importante para mostrar que ela não era uma mãe omissa e era cuidadosa com seu filho.

Oliveira disse que cabe à acusação provar que Longo injetou as 166 doses de insulina, já que, segundo legistas ouvidos, não havia vestígios no corpo da vítima (Foto: Alfredo Risk)

Antônio Carlos de Oliveira, advogado de Longo, mantém sua linha de defesa, de que cabe à acusação provar que o réu teria injetado as 166 doses de insulina, como relatado no processo. “Quem tem que provar que meu cliente injetou uma alta dose de insulina no corpo de Joaquim é a acusação. Vai ter que demonstrar de forma técnica que foi aplicada essa alta dose, que levou Joaquim à morte”, disse Oliveira.

Se o interrogatório for antecipado para a sexta-feira (20), são grandes as chances de que o júri termine no sábado (21). E descobrir se os jurados consideraram Longo e Natália inocentes ou culpados pela morte de Joaquim Ponte Marques.

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