Tribuna Ribeirão
Economia

Etanol dispara nas usinas de SP

DIVULGAÇÃO

O preço do etanol su­biu nas usinas paulistas pela quarta semana seguida, mas desta vez o setor sucroalcoo­leiro abusou e o consumidor pode preparar o bolso porque a alta deve chegar às bombas de Ribeirão Preto nos próxi­mos dias. A safra da cana-de­-açúcar já terminou.

Ao direcionar a produção para o açúcar de olho na ex­portação, devido à cotação do dólar, as unidades fizeram o valor do hidratado superar a barreira de R$ 3,80. O litro do álcool combustível avançou de R$ 3,5495 para R$ 3,8280, aumento de 7,85%. Em um mês, o avanço chega a 15,49%.

O preço do anidro – adi­cionado à gasolina em até 27% – avançou 6,64% e está acima de R$ 4,30. Passou de R$ 4,0652 para R$ 4,3353. Acumula alta de 13,20% em 30 dias. Os dados foram di­vulgados na sexta-feira, 29 de outubro, pelo Centro de Estu­dos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

Segundo a União da In­dústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a quantidade de ca­na-de-açúcar processada pelas unidades produtoras do Cen­tro-Sul alcançou 19,69 milhões de toneladas na primeira meta­de de outubro, o que representa uma queda de 46,77% sobre o valor apurado na mesma quin­zena da safra 2020/2021 – 36,99 milhões de toneladas.

O estado de São Paulo re­gistrou moagem de 11,02 mi­lhões de toneladas (-49%) e nos demais estados da região Centro-Sul a quantidade pro­cessada na quinzena alcan­çou 8,67 milhões de tonela­das (-43,65%). Desde o início do ciclo 2021/2022 até 16 de outubro, a moagem acumula queda de 9,56%.

Nesse período, a quanti­dade de cana-de-açúcar pro­cessada pelas usinas atingiu 487,33 milhões de toneladas, ante 538,86 milhões de tonela­das na mesma data do último ciclo agrícola. O número de unidades operando até 16 de outubro foi de 195 empresas.

Até o momento, 67 em­presas já terminaram a pro­dução no ciclo 2021/2022. Está previsto o encerramento de mais 83 unidades produ­toras para a segunda quinze­na de outubro. As unidades que encerraram a safra até a primeira quinzena de outu­bro, tiveram uma redução de moagem em relação à safra passada de 21,9%.

Até o término de setem­bro, a queda na produtivida­de atinge 15,5%, com 82,4 t/ ha no ciclo passado e 69,6 t/ ha na safra atual. Estima-se que a área colhida durante o período atingiu 6,72 milhões de hectares, registrando in­cremento de 10,3% em rela­ção à área colhida até setem­bro de 2020. A área colhida até o momento deve repre­sentar cerca de 89% do total disponível para colheita na safra 2021/2022.

Produção de açúcar e de etanol
Em decorrência do baixo volume de processamento de matéria-prima na quinzena, houve uma queda generaliza­da na produção dos produtos da cana. A produção quin­zenal de hidratado alcançou 647 milhões de litros, regis­trando queda de 50,68%.

A despeito do aumento da quantidade de matéria-prima destinada à produção do eta­nol anidro, cujo percentual foi de 30,1% frente a 20,8% no mesmo período na safra an­terior, a fabricação do aditivo, em função da queda na moa­gem, retraiu em 22,53%, tota­lizando 590 milhões de litros.

No acumulado desde o início da safra 2021/2022 até 16 de outubro, a fabricação acumulada de etanol totali­zou 24,03 bilhões de litros, sendo 9,48 bilhões de litros de etanol anidro (+19,86%) e 14,55 bilhões de litros de eta­nol hidratado (-17,93%).

Postagens relacionadas

Domino’S quer crescer com lojas próprias

Redação 1

Mega-Sena acumula e pode pagar R$ 48 milhões

Redação 1

RP espera R$ 730,8 mi do 13º salário

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade