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Divulgado cronograma oficial de obras na Nove de Julho

Prefeito Duarte Nogueira conversa com o engenheiro Élton Molina,da construtora responsável pela obra da Nove de Julho: faltam calceteiros (Alfredo Risk)

As obras de restauração, revitalização e de construção de corredor de ônibus na centenária avenida Nove de Julho, cartão postal da cidade, foram retomadas na última segunda-feira, 22 de abril. Os trabalhos vão durar um ano, segundo o cronograma anunciado pela Era-Técnica Engenharia Construções e Serviços Ltda., com aval da prefeitura de Ribeirão Preto

Porém, na manhã desta quinta-feira (24), em entrevista coletiva no canteiro de obras, a gestão Duarte Nogueira (PSDB), por meio da Secretaria Municipal de Obras Públicas, e a construtora divulgaram o cronograma oficial e definitivo, com algumas mudanças em relação ao apresentado na reunião de sexta-feira (19) e ao qual o Tribuna teve acesso.

A ordem de serviço foi assinada no dia 9 pelo prefeito Duarte Nogueira. Esta primeira etapa está prevista terminar em 1º de dezembro deste ano, já que no dia 2 começa o horário especial estendido do comércio visando as vendas do Natal. O cronograma previa sete etapas nos 1.600 metros da via, a maioria com prazo de duração de um mês. Seis foram divulgadas ontem.

Segundo o novo planejamento, a primeira fase de obras, que antes seria entre as ruas São José e Cerqueira César, agora passou para o trecho entre a São José e Garibaldi, onde a Construtora Metropolitana – que teve o contrato rescindido em dezembro por não cumprir cláusulas contratuais – concluiu apenas 8% dos trabalhos, quando deveria ter chegado a 40%.

O prazo para conclusão desta etapa é final de maio, mas prefeitura anunciou que os trabalhos devem terminar dez dias antes, em 20 de maio. Depois a Era-Técnica Engenharia Construções e Serviços vai direcionar os trabalhos para o trecho entre as rua São José e Cerqueira César.

“O cronograma foi definido pela área técnica com o objetivo de causar o menor transtorno para o comércio local. Inicialmente a primeira etapa é concluir esse primeiro trecho entre a ruas São Jose e Garibaldi. A previsão é entregar a Nove de Julho concluída até dezembro de 2024”, disse o prefeito.

A empresa responsável pela obra começou os trabalhos pelos trechos da avenida Nove de Julho que estavam com as obras paralisadas desde dezembro de 2023. Uma segunda frente de serviço iniciará, ainda em maio, as obras de implantação das galerias de água na rua São José, começando os trabalhos pela avenida Doutor Francisco Junqueira até a Mariana Junqueira.

Este trabalho será executado durante um ano, em sete etapas, paralelamente às obras na avenida Nove de Julho. Além da São José, onde os trabalhos de instalação da macrodrenagem devem terminar em 15 de março de 2025, também haverá intervenção na Comandante Marcondes Salgado – de 15 de junho até 20 de abril do ano que vem.

O plano inicial previa a entrega da em 19 de junho, no aniversário de 168 anos de Ribeirão Preto. A prefeitura de Ribeirão Preto homologou a licitação em 26 de março. A empresa Era-Técnica Engenharia Construções e Serviços Ltda. venceu o certame ao apresentar proposta no valor global de R$ 32.411.776,19. A economia foi de 5,63% em relação ao custo estimado inicialmente, de R$ R$ 34.344.037,88, desconto de R$ 1.932.261,69.

Porém, o acréscimo chega a R$ 1.279.674,42, aumento de 4,11% em relação aos R$ 31.132.101,77 propostos pela Construtora Metropolitana, do Rio de Janeiro, que venceu o certame anterior, mas teve o contrato rescindido pelo governo Duarte Nogueira em 12 de dezembro.

O Comitê de Acompanhamento das Obras de Mobilidade elaborou novas sugestões e manteve alguns pedidos que já haviam sido feitos em fevereiro ao prefeito. Entre os temas, defende que o trabalho nas obras, em dias estratégicos para as datas sazonais do calendário varejista, sejam interrompidos ou flexibilizados.

O secretário de Obras Públicas, Pedro Luiz Pegoraro, confirmou que a empresa deve seguir a recomendação. Já o engenheiro Élton Molina, da Era-Técnica Engenharia Construções e Serviços, não descartou a possibilidade de as obras atrasarem por causa da dificuldade em encontrar calceteiros, profissionais para instalarem os tradicionais paralelepípedos da avenida.

Segundo ele, o piso da Nove de Julho foi retirado com máquinas pela construtora anterior, mas a instalação é artesanal. Hoje, a maioria dos bons calceteiros trabalham em Minas Gerais e Piauí. O Comitê de Acompanhamento também defende que os cruzamentos da Nove de Julho permaneçam liberados ao tráfego.
Cronograma da  Nove de Julho
– Primeira etapa
De 22 de abril ao final de maio
Entre a São José  e a Garibaldi
– Segunda etapa
Do final de maio ao final de junho
Entre a São José e  Marcondes Salgado
– Terceira etapa
Do final de junho ao final de julho
Entre a Marcondes Salgado  e Cerqueira César
– Quarta etapa
Do final de julho ao final de agosto
Entre a Cerqueira César  e a Barão do Amazonas
– Quinta etapa
Do final de agosto ao final de setembro
Entre a Barão do Amazonas  e a Visconde de Inhaúma
– Sexta etapa
Do final de setembro ao final de outubbro
Entre as ruas Visconde  de Inhaúma e Tibiriçá
– Sétima etapa
Não divulgado
Entre a Garibaldi e a  Independência

História da centenária avenida Nove de Julho
A avenida Nove de Julho, NO trecho entre as ruas Tibiriçá e São José, foi inaugurada no dia 7 de setembro de 1922 com o nome de Independência, escolhido para homenagear o Centenário da Independência do Brasil. O projeto foi idealizado pelo prefeito da época, João Rodrigues Guião, em 1921. Também foi inaugurado o obelisco comemorativo no entroncamento da então avenida Independência com a rua Tibiriçá.
Posteriormente, o obelisco foi transferido para a confluência das atuais avenidas Nove de Julho e Independência. Em 1934, a avenida passou a ser chamada de Nove de Julho, sendo uma homenagem à Revolução Constitucionalista de 1932, movimento em prol da elaboração de uma Constituição para o Brasil. Em 1949, durante o governo do prefeito José de Magalhães, foram iniciados os estudos para o prolongamento da Nove de Julho entre a Sete de Setembro e a atual Independência.

Ainda em 1949, a avenida Nove de Julho foi calçada com paralelepípedos entre as ruas Barão do Amazonas e Cerqueira César, além de receber o plantio de 40 árvores da espécie sibipiruna. Durante a década de 1960, a avenida abrigou algumas das principais mansões de propriedade da elite econômica da cidade; posteriormente, em função de sua posição privilegiada (vetor sul da cidade), consolidou-se como um importante setor bancário. 

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