Tribuna Ribeirão
Artigos

Diversidade e Inclusão na Agenda ESD

No mundo empresarial a sigla inglesa ESG tem sido bastante usada. Trazendo para nossa língua, o termo Environmental, Social and Governance (ESG), significa “Ambiental, Social e Governança’’. Ele surgiu para avaliar se as práticas de um negócio colaboram na minimização dos impactos no meio ambiente, qual o nível de preocupação com as pessoas em seu entorno e se existem processos administrativos corretos. Fazendo um recorte apenas na responsabilidade social podemos destacar a observân­cia das leis trabalhistas e de segurança do trabalho, dos direitos humanos, do investimento social e comunitário e, também a efetiva inclusão e diversidade no quadro profissional.

Para que uma empresa seja realmente inclusiva é primordial o comprometimento dos proprietários, gestores, corpo diretivo e toda equipe para uma mudança cultural e organizacional. É necessário implantar espaços e ferramentas de diálogo, escuta e compreensão.

Os empresários mais desenvolvidos já estão investindo em mecanismos que facilitam essa mudança de paradigma, inclusive criando áreas e contratando analistas de diversidade e inclusão que transformam dados e projetos em realidade. O mundo está em permanente evolução e uma mesma pessoa possui diferentes interseccionalidades que devem ser compre­endidas e potencializadas. Foi-se o tempo onde era valorizada uma padronização estética e cobrado que os trabalhadores e, especialmente, as trabalhadoras se encaixassem em um padrão de beleza.

As empresas são parte de uma cadeia produtiva, assim, forne­cedores de insumos, produtores, intermediários, transportadores e comerciantes devem atentar-se que os consumidores finais observam cada vez mais se as práticas adotadas para a produção de um produto são as mais corretas. Eles se recusam a vestir rou­pas, ingerir bebidas, consumir alimentos ou adquirir eletrônicos que foram produzidos a partir de trabalho escravo, devastação ambiental, poluição de águas ou sacrifício animal, por exemplo. Também se interessam cada vez mais em saber o que determina­da marca efetivamente devolve para a sociedade.

Os telespectadores mais atentos já perceberam incipiente mudança nas propagandas que ampliaram a presença de negros, outras etnias e comunidades. As linhas de produtos de higiene e cuidados, além de ampliar a gama de produtos que consideram as especificidades de cada corpo, reduziram o conceito de beleza idealizada e abrem espaços para as mulheres reais com suas ca­racterísticas próprias. Elas estão em sintonia com os segmentos sociais que lutam por representatividade e a cada dia se assu­mem como são.

Diversidade e inclusão na equipe é o primeiro passo, mas existem outros que devem ser observados já que casos de racis­mo, preconceito e discriminação continuam eclodindo por todo país demonstrando que existe muito para ser feito. É inadmissí­vel que industrias, comércios, profissionais liberais e prestadores de serviços, ainda, adotem práticas excludentes no ambiente corporativo interno e no atendimento ao consumidor.

Até mesmo os empresários que pensam apenas no lucro, perceberam que investir nas boas práticas de ESG proporciona redução nos riscos com fraudes, problemas jurídicos e trabalhis­tas. O ambiente inclusivo e diverso é mais saudável, produtivo e competitivo melhorando a reputação e os índices de lucrativi­dade com melhora em seu valuation (avaliação da empresa) ao longo do tempo.

Após estas considerações, cabe a pergunta: Como está a implantação da Agenda ESD no seu negócio?

Postagens relacionadas

Natal da Sinodalidade! 

Redação 2

O que está por trás do projeto de extinção do Daerp?

Redação

O coração e o sono

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade