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‘Dia D’ tentará vacinar faltosos

ALEXANDRE DE AZEVEDO/ CCS

O governo de São Paulo vai promover no próximo sábado, 5 de junho, um “Dia D” para a aplicação da segunda dose da vacina contra covid-19 que está atrasada. A iniciativa, em parce­ria com os 645 municípios, quer vacinar mais de 500 mil pessoas que não completaram o seu es­quema vacinal.

Em Ribeirão Preto, a Se­cretaria Municipal da Saúde deve se manifestar no início da próxima semana, pois a pro­gramação depende da chegada de novos lotes de imunizante. Dados da pasta indicam que, até 13 de maio, ao menos 2.978 idosos não haviam recebido a segunda dose da Coronavac.

A vacina contra a covid-19 é produzida no Brasil pelo Insti­tuto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. O levantamento não leva em consideração outros grupos, como profissionais de saúde e da educação. Além disso, dados de aplicação da AstraZeneca/Ox­ford também não foram com­putados até dia 13.

Isso porque o intervalo en­tre as doses é maior e a data de retorno ainda não havia che­gado. Os dados consolidados até quinta-feira (27) mostram que, em todo o estado, 501.693 pessoas que já receberam a pri­meira dose dos imunizantes disponíveis e ainda precisam completar o esquema vacinal, ou seja, receber a segunda dose.

O total inclui 212.403 pesso­as que não tomaram a vacina da Fiocruz/Astra-Zeneca e outros 289.290 referentes à vacina do Instituto Butantan. Na área do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), que envolve Ribeirão Preto e mais 25 cida­des, 14.553 pessoas não volta­ram tomar a segunda dose.

São 5.876 imunizadas com a vacina da AstraZeneca e 8.677 que receberam a Coronavac. Em todo o estado, do total de pesso­as que não tomaram as doses da Fiocruz/AstraZeneca, 80% são idosos de 80 a 89 anos de idade. O restante do público é de pro­fissionais de saúde.

Mais de cinco mil pontos de vacinação no estado estarão abertos das 7 às 18h (confira o horário de funcionamento das unidades de saúde do seu mu­nicípio) para a aplicação exclu­sivamente da segunda dose. De­verão ser vacinadas as pessoas que estão com mais de 28 dias atrasados com relação a doses da Coronavac e mais de doze semanas do imunizante da Fio­cruz/Astrazeneca.

“É fundamental que as pes­soas busquem os postos de va­cinação para tomar a segunda dose. Esta será uma grande mo­bilização com todos os municí­pios para buscar as pessoas que ultrapassaram o prazo de tomar a dose dois da vacina. A pessoa só estará totalmente protegida após as duas doses dos imuni­zantes”, afirma a Coordenadora do Programa Estadual de Imu­nização (PEI), Regiane de Paula.

A Secretaria de Estado da Saúde ainda disponibilizará um recurso (etapas) para os profis­sionais de saúde dos municípios, para que todos possam abrir suas unidades e ter uma equipe completa para a vacinação da população. Com base nas esta­tísticas populacionais previstas pelo Ministério da Saúde para cada faixa etária ou público es­pecífico, o governo de São Pau­lo define as remessas de doses necessárias para uma das 645 cidades avançar em cada etapa da campanha.

Os quantitativos de primei­ra e segunda dose são idên­ticos, realizados em duas en­tregas diferentes para que o município realize a aplicação e conclua a imunização das pessoas. Ainda assim, a pasta encaminhou na semana passa­da 279.815 doses extras da va­cina do Butantan para cerca de 500 cidades. Até as 19h30 desta sexta-feira, Ribeirão Preto ha­via aplicado 255.258 doses.

O balanço foi divulgado pelo “Vacinômetro”, ferramenta digi­tal desenvolvida pela Secretaria de Comunicação em parceria com a Companhia de Processa­mento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp). Segundo o site, Ribeirão Preto recebeu mais 16.362 doses de imunizantes na quinta-feira (27), saltando de 288.178 para 304.540. De acor­do com a ferramenta, 165.206 pessoas já foram imunizadas (primeira dose) na cidade.

Estes “ribeirão-pretanos” re­presentam 23,2% da população da cidade, estimada em 711.825 pessoas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Es­tatística (IBGE). São profis­sionais da saúde, da segurança pública, da educação do trans­porte coletivo urbano.

Também inclui idosos acima de 60 anos, pessoas de 40 a 44 anos com comorbidades e defi­ciência com Benefício de Presta­ção Continuada (BPC), pessoas com Síndrome de Down de 18 a 59 anos, pacientes transplan­tados imunossuprimidos de 18 a 59 anos e gestantes e puérpe­ras a partir de 18 anos com co­morbidades. Além disso, 90.052 profissionais de saúde e da edu­cação e idosos acima de 64 anos receberam a segunda aplicação (12,7% da população).

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