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Dezenove empresas disputam licitação para obras no Palácio Rio Branco

A obra deverá ser feita em dois anos contados a partir da assinatura do contrato com empresa vencedora: custo estimando é de R$ 8,1 milhões (Alfredo Risk)

A prefeitura de Ribeirão Preto informa que 19 empresas estão participando da concorrência eletrônica para definir a responsável pelas obras de restauração do Palácio Rio Branco em 26 de maio vai completar 107 anos. A licitação foi lançada na quinta-feira, 18 de abril, e agora o processo vai analisar a documentação e a capacidade técnica da concorrente que ofereceu o menor preço.  
 
Se tudo estiver certo, o nome da vencedora será divulgado ainda na próxima semana. Caso não atenda a todos os requisitos exigidos na concorrência, a Comissão de Licitação da Secretaria Municipal da Administração passará a analisar os documentos da segunda menor proposta, e assim sucessivamente até a definição da vencedora.  
 
Com valor estimado em R$ 8.185.413,42, os trabalhos de restauro e recuperação foram autorizados pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB) em 1º de fevereiro.  O valor é 36,42% superior aos R$ 6 milhões estimados inicialmente pela prefeitura de Ribeirão Preto, acréscimo de R$ 2.185.413,42.  
 
A Secretaria Municipal da Cultura informa que o valor anterior era meramente estimativo, pois na época as planilhas de custo não haviam sido finalizadas. O projeto executivo de restauro foi desenvolvido pela empresa Corsi Arquitetura e Construções. 
 
Foi aprovado, em reunião extraordinária realizada em , em 19 de janeiro, pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural (Conppac). Atende às necessidades atuais do edifício, inaugurado em 1917. A obra deverá ser concluída em dois anos.  
 
Ao lado do Theatro Pedro II, do Centro Cultural Palace, do Edifício Antonio Diederichsen, de alguns palacetes no Centro Histórico e dos casarões que hoje formam o Complexo dos Museus, no campus da Universidade de São Paulo |(USP), o palácio é um dos símbolos da pujança de Ribeirão Preto no início do século passado, riqueza alicerçada nas fortunas dos barões do café, principalmente. 
 
O objetivo da prefeitura de Ribeirão Preto é preservar a estrutura e adequar os espaços com obras de acessibilidade, para se tornar multifuncional e abrigar atividades culturais, inclusive com cafeteria. Uma parte do projeto trata da adequação do porão para dar um uso funcional e com acessibilidade completa, inclusive com acesso independente (elevador) voltado para a Duque de Caxias.  
 
A ideia é que o espaço abrigue a Escola de Arte do Bosque, que hoje está em funcionamento no Centro Cultural Palace. Outra parte importante das obras de restauração e adequação trata da climatização dos ambientes com equipamentos atuais, permitindo a retirada de antigos aparelhos de arcondicionado instalados nas fachadas do palacete histórico. 
 
Nossa proposta é que o Palácio Rio Branco seja um espaço multifuncional e democrático de promoção das artes, propiciando o desenvolvimento de atividades e eventos culturais e fortalecendo a memória cultural da nossa cidade”, pontua o secretário da Cultura e Turismo, Pedro Leão. 
 
Fora isso, o prédio terá destinação exclusiva cultural, sendo que os salões do primeiro andar contarão com uma agenda de atividades contemplando exposições, ações formativas de cultura, saraus e apresentações diversas, segundo a Secretaria de Cultura e Turismo. 
 
A intervenção trata do resgate da edificação do Palácio Rio Branco. O projeto de restauração e reforma contempla um café, espaços para formação permanente, acessibilidade completa com elevador externo, banheiros em todos os pisos, dentre outras coisas.  
 
Palácio Rio Branco  completa 107 anos 
O Palácio Rio Banco vai completar 107 anos em 26 de maio. A construção do teve início em 3 de agosto de 1915 e a obra ficou pronta em abril de 1917. O prédio conta com dois pavimentos e um porão, tem 600 metros quadrados de área coberta, totalizando 1.800 metros quadrados de construção. O estilo de sua fachada é uma transição do barroco para o moderno e foi inspirado nas fachadas arquitetônicas do início do século da França. 
 
O nome escolhido foi uma homenagem ao Barão do Rio Branco, falecido em 1912. A herma na praça em frente ao palácio, construída em 1913, foi a “pedra fundamental” para da obra do palacete. O monumento foi restaurado em 2018 depois de ser alvo de vândalos. Durante seus anos iniciais, o imóvel foi a sede da Câmara dos Vereadores, da prefeitura, da Procuradoria e outros órgãos políticos.  
 
No início do século 20, o poder conferido aos coronéis do café da cidade, que tinha a maior produção cafeeira do mundo, era exercido no interior dos salões. Em grandes mesas no Salão Nobre, fazendeiros milionários, muitas vezes nomeados vereadores sem eleição, fechavam negócios e determinavam os destinos econômicos da cidade, do estado e, muitas vezes, do Brasil.  
 
O governo municipal (Câmara e prefeitura) funcionou conjuntamente no Palácio Rio Branco até 1956, quando o Legislativo foi transferido para o antigo prédio da Sociedade Recreativa e de Esportes, na rua Barão do Amazonas nº 323, onde fica hoje o Museu de Arte de Ribeirão Preto (Marp). Foi a sede da prefeitura até 1º de setembro de 2022. 
 
O Palácio Rio Branco tem dois salões que marcaram as grandes decisões da política e economia de Ribeirão Preto, o Rosa, nomeado como Orestes Lopes de Camargo, e o Salão Nobre Antônio Duarte Nogueira, pai do atual prefeito. Hoje, estes salões representam a história viva de Ribeirão Preto.  
 
Em 2017, uma “cápsula do tempo” foi enterrada em frente ao Palácio Rio Branco. Uma edição do jornal Tribuna está entre os itens que o prefeito Duarte Nogueira guardou no compartimento. O objeto será aberto em 2056, ano do bicentenário de fundação da cidade. O tombamento do prédio ocorreu em 28 de março de 1988, pela lei nº 5.243.  
 
 

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