Tribuna Ribeirão
Justiça

Cinco ministros votam contra golpistas

Os ministros Gilmar Men­des e Cármen Lúcia, do Supre­mo Tribunal Federal (STF), votaram, nesta quarta-feira, 19 de abril, a favor do recebi­mento parcial das denúncias contra envolvidos nos atos gol­pistas de 8 de janeiro. Na oca­sião, vândalos depredaram os prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e do Palácio do Pla­nalto, sede do governo federal.

No total, o STF julga de­núncias contra 100 investiga­dos. A tendência é que o Su­premo Tribunal Federal receba as acusações. Os ministros têm defendido publicamente a res­ponsabilização dos envolvidos nos atos golpistas. Os manifes­tantes deixaram um rastro de destruição em Brasília.

Na lista estão dois moradores da região: a médica veterinária e social media de Guariba, Ana Carolina Isique Guardiéri Bren­dolan, de 31 anos, e o corretor de imóveis Barquet Miguel Júnior, de 53 anos. Com a manifestação dos ministros, o placar do jul­gamento tem cinco votos para a aceitação parcial das acusações.

Também já votaram o re­lator, ministro Alexandre de Moraes, e Dias Toffoli e Edson Fachin. Os ministros votaram pela aceitação das denúncias contra os 100 acusados. A votação sobre o recebimento das denúncias feitas pela Pro­curadoria-Geral da República (PGR) contra os acusados co­meçou à meia-noite de terça­-feira (18) e vai até às 23h59 da segunda-feira (24).

Na modalidade virtual, os ministros depositam os votos de forma eletrônica, e não há deliberação presencial. Se a maioria dos ministros aceitar a denúncia, os acusados pas­sarão a responder a uma ação penal e se tornam réus no pro­cesso. Em seguida, o STF de­verá analisar a manutenção da prisão dos acusados que ainda permanecem detidos.

Os denunciados respon­dem pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democráti­co de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. No dia 4, a Procuradoria-Geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal denúncias contra mais 203 pessoas acu­sadas de incitação nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Com isso, chegam a 1.390 as acusações formais apresen­tadas pela PGR nos inquéritos que apuram as responsabili­dades pelos atos antidemocrá­ticos, sendo 239 relativas ao núcleo de executores, 1.150 no núcleo dos iniciadores e uma no núcleo que investiga a su­posta omissão de autoridades públicas no episódio.

No núcleo maior, as pes­soas estão sendo denunciadas por incitação à animosidade das Forças Armadas com os poderes constitucionais, às instituições civis e à socieda­de, bem como por associação criminosa. Os crimes estão previstos nos artigos 286 e 288 do Código Penal, com penas máximas que, somadas, podem chegar a três anos e 3 meses de detenção.

Até o momento, não foi denunciado nenhum finan­ciador ou mentor dos ataques. Conforme levantamento do gabinete do ministro Alexan­dre de Moraes, do STF, das 1,4 mil pessoas detidas no dia dos ataques, 294 suspeitos – 86 mulheres e 208 homens – per­manecem presos no sistema penitenciário do Distrito Fede­ral. Os demais foram soltos por não representarem mais riscos à sociedade e às investigações.

Região
Nove moradores da ma­crorregião de Ribeirão Preto já foram beneficiados com deci­sões de Moraes, entre eles sete de Franca e um de Nuporanga, o suplente de vereador Henri­que Fernandes de Oliveira, o Sargento Fernandes (MDB), de 51 anos.

Marcos Joel Augusto, o Marcão Bola de Fogo, de 53 anos, morador de Pitanguei­ras, que em 2020 concorreu ao cargo de vereador pelo Cidadania e não foi eleito, foi liberado e está com tornoze­leira eletrônica, segundo a lista da Secretaria de Estado de Administração Penitenci­ária do DF (Seape-DF).

Outros quatro ainda estão detidos no Distrito Federal, segundo lista da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária atualizada no dia 31 de março. Dois são de Ribeirão Preto, o corretor de imóveis Barquet Miguel Júnior e a advogada Nara Faustino de Menezes (43).

Um morador de Franca, o empresário Douglas Ramos de Souza (42), segue detido. Shara Silvano Silva (24) já foi liberta­da com uso de tornozeleira ele­trônica. Também segue detida a médica veterinária e social media de Guariba, Ana Caroli­na Isique Guardiéri Brendolan.

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