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Casos de roubos e furtos caem e número de homicídios aumenta em RP

ALFREDO RISK

Os casos de roubos e furtos caíram no mês de março, mas os números de homicídios au­mentaram em Ribeirão Preto, de acordo com dados estatísticos divulgados pela Secretaria de Se­gurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo.

Quando comparados ao mês de fevereiro, os casos de roubos caíram cerca de 9% na cidade – 251 casos em fevereiro, contra 228 em março. Já em relação aos números de furtos, a que­da é ainda maior. Em março, os índices mostraram 670 casos, quando, no mês anterior, ocor­reram 924 casos – uma queda de 27,4% no município.

Em contrapartida, as ocor­rências registradas como ho­micídio doloso subiram 300%. No mês de fevereiro havia ocorrido somente, um caso na cidade. Já em março, a quantia subiu para quatro.

Segundo o comandante da Polícia Militar na região de Ri­beirão Preto, coronel Carlos Al­berto Machado, o isolamento social contribuiu para a alteração dos números em ambos os casos.

“Com certeza, o isolamento social contribuiu para que hou­vesse essa diminuição. Nós já vínhamos acompanhando des­de dezembro e temos percebido uma redução bem significativa no crime patrimonial, mas teve um plus durante a quarentena. No entanto, tivemos um aumento nos casos de homicídios, que vão desde passionais até desavenças”, comentou o comandante da PM.

Quem também compartilha desta opinião é o especialista em segurança José Manoel Ferreira. Porém, ele ressalta que a situação que enfrentamos pode gerar um novo modus operandi por parte dos criminosos.

“Teoricamente tem relação, sim, com o isolamento social, mas os bandidos mudaram o modus operandi. Agora, estão ocorrendo mais golpes do que roubos e furtos. Assaltos a caixas eletrônicos, por exemplo, não houve nenhum. Furtos de veícu­los também reduziram, devido ao fato de as vias estarem com um menor tráfego. Por isso, os flagrantes são mais suscetíveis de ocorrerem”, opinou.

Coronel Carlos Alberto Machado, comandante da Polícia Militar na região de Ribeirão Preto: “Com certeza, o isolamento social contribuiu para que houvesse essa diminuição”

Ainda de acordo com o coronel Carlos Alberto Machado, o que tem sido registrado com maior frequência nesta época de quaren­tena são os casos de conflitos fa­miliares (desinteligências, crimes passionais e Lei Maria da Penha).

“O que nós temos registrado são aqueles casos que envolvem pessoas que vivem na mesma residência. Como o criminoso migra, nós temos procurado evi­tar o aumento de outros crimes patrimoniais como, por exemplo, em relação aos comércios essen­ciais que continuam abertos”, ressaltou o Carlos.

Polícia e quarentena
A prefeitura de Ribeirão Preto decretou no dia 23 de março esta­do de calamidade pública no mu­nicípio em virtude da pandemia do novo coronavírus (covid-19), suspendendo as atividades não essenciais da administração mu­nicipal, direta e indireta.

Diante dessa situação, medidas para o isolamento social foram implementadas na cidade. E para a Polícia Militar não foi diferente. O comandante da PM na região de Ribeirão Preto informou que, ape­sar de ser um fato novo, equipes de militares tiveram que se adaptar a essa situação.

O especialista em segurança, José Manoel Ferreira, ressalta que a situação pode gerar um novo modus operandi por parte dos criminosos

“Para nós da segurança, essa situação é um fato novo. Nunca tínhamos passado por uma pan­demia e tivemos que nos adaptar. Primeiramente, cuidamos dos nossos policiais com equipamen­tos de proteção individual (luvas, máscaras, álcool em gel e orien­tações). Temos que fazer isso, para os policiais não se tornarem agentes transmissores, já que eles lidam com todos os tipos de pú­blico e ambiente”, ressaltou.

A partir disso, Machado dis­se que então puderam cuidar da comunidade por meio do poli­ciamento ostensivo, fazendo bar­reiras e bloqueios de orientação para que a população cumpra os decretos de isolamento.

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