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Caso Beto Braga: MP denuncia dupla por latrocínio

Laudo apontou que Beto Braga morreu por asfixia mecânica causado por estrangulamento ( Redes Sociais)

Após a Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) decidir que o engenheiro Paulo Roberto Carvalho Pena Braga Filho, assassinado em 29 de dezembro, aos 34 anos, em um imóvel na Vila Amélia, Zona Oeste de Ribeirão Preto, foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte –, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou os assassinos ao Judiciário pela prática deste crime.

Os assassinos Gabriel Souza Brito e Marcelo Fernandes da Fonseca, ambos de 28 anos, estão presos há cerca de dois meses. A promotora Bruna Farizatto, da Vara do Júri e das Execuções Criminais, concordou com o relatório do delegado Targino Donizete Osório, que indiciou a dupla por latrocíno, mas o parecer final é do procurador-geral da Justiça, Fernando José Martins.

Ele entende que, embora o crime patrimonial não pareça premeditado, os investigados tiveram, sim, intenção de se apropriar dos bens da vítima. Também cita fotos feitas pela equipe da perícia no local do crime, que mostra o executivo com as mãos e os pés amarrados. O caso foi enviado para a 3ª Vara Criminal de Ribeirão Preto.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) atendeu ao pedido feito pelo delegado Targino Donizete Osório – reforçado pela promotora Bruna Farizatto, da Vara do Júri e das Execuções Criminais – e converteu em preventiva (por tempo indeterminado) a prisão temporária de Brito e Fonseca pela morte de Beto Braga.

Agora os dois autores do assassinato de Beto Braga vão ficar presos até a conclusão do processo no Judiciário. O advogado de Gabriel Souza Brito, Wagner Simões, diz que já esperava a decretação da prisão preventiva, mas vai recorrer. Fonseca não tem advogado constituído.

No entendimento do delegado Targino Donizete Osório, a dupla acusada pelo crime matou Beto Braga e roubou o celular avaliado em mais de R$ 8 mil, o tênis e US$ 800 da vítima. O inquérito foi concluído em 4 de março e seguiu para o Ministério Público de São Paulo. A promotora Ethel Cipele, que recebeu o inquérito, discordou da tipificação do crime como latrocínio.

A pena prevista para latrocínio é de 20 a 30 anos de reclusão e multa. Brito já responde a inquérito por tráfico internacional de drogas e por aplicar golpes deste tipo. Fonseca também já foi preso por tráfico. Os dois foram contratados pelo executivo Beto Braga para um programa.

Outras três pessoas foram indiciadas por receptação do celular e dos dólares de Beto Braga, que estava avaliado em R$ 8 mil: Thiago Soares de Souza, Jonas Manoel Dinardi Alves Teixeira e Cristhian da Silva Martins. A reportagem não conseguiu os contatos dos advogados dos envolvidos.

Entenda o caso – Beto Braga veio passar as festas de final de ano com a família, que mora em Ribeirão Preto. Ele residia em San Diego, Califórnia, Estados Unidos, onde era executivo de uma multinacional. Chegou ao Brasil em 19 de dezembro e no dia 28 disse que iria encontrar amigos e não voltou mais para casa da família.

A irmã de Beto Braga, que também mora nos EUA, recebeu ligação de um homem que disse ter encontrado o celular dele. Ela deu o telefone da mãe no Brasil. O rapaz chegou a marcar um encontro e a pedir senha do aparelho, mas depois não houve mais contato. O corpo do executivo foi encontrado em 30 de dezembro no quarto de um imóvel de locação para curtos períodos, na esquina da rua Eduardo Prado com avenida do Café, Vila Amélia, Zona Oeste da cidade.

O laudo confirmou que a morte ocorreu por asfixia mecânica, ou seja, estrangulamento. Durante as investigações e com uso de inteligência policial, os agentes conseguiram identificar Gabriel Souza Brito, um dos homens que teria participado do encontro com o executivo.

Ele estava em Nova Iguaçu, região da Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Foi preso e trazido para Ribeirão Preto. As investigações evoluíram e Marcelo Fernandes da Fonseca foi preso em Diadema, Grande São Paulo. Ele foi trazido para Ribeirão Preto e interrogado.

Durante o depoimento de Fonseca, surgiu uma terceira pessoa, de nome Thiago Soares de Souza, que ficou com o celular. Na reconstituição do crime, ambos disseram ter dado o golpe que matou Beto Braga. O inquérito policial foi concluído e o delegado Targino Osório indiciou Fonseca e Brito pelo latrocínio de Beto Braga.

 

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