Tribuna Ribeirão
DestaquePolítica

Camelôs vão ficar até março no Centro

JF PIMENTA/ARQUIVO

Os 50 camelôs que viraram microempreendedores indivi­duais (MEIs), e conquistaram o direito de trabalhar provisoria­mente no quadrilátero central de Ribeirão Preto, ganharam mais 90 dias de prazo e pode­rão continuar a atuar legalmen­te com autorização no Centro Histórico da cidade. O projeto piloto terminaria na próxima segunda-feira, 16 de dezembro, mas foi ampliado pela prefeitura para 16 de março.

Decreto com o novo prazo foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de sexta­-feira (6), assinado pelo prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e pelos secretários Nicanor Lo­pes (Casa Civil) e Alberto José Macedo (Governo). Todos os 50 camelôs foram selecionados por meio de chamamento pú­blico, classificados por sorteio e tiveram que se tornar microem­preendedores individuais.

Também passaram por cur­so de qualificação sobre em­preendedorismo realizado pela Secretaria Municipal de Turis­mo, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A prefeitura estuda maneiras de realocar os MEIs para pontos fi­xos após o fim da prorrogação, e entre os possíveis destinos estão dois Centros Populares de Com­pras (CPCs) instalados na região central da cidade.

Para evitar conflito com os comerciantes da região, os se­lecionados atuam no mesmo horário do comércio – das nove às 18 horas – e só podem vender produtos que não façam concor­rência ao comércio formal exis­tente em uma distância mínima de 50 metros. Todos os selecio­nados pagam pela permissão de uso do espaço público o valor re­ferente a uma Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (Ufesp, que este ano vale R$ 26,53) por me­tro quadrado da área autorizada.

Cada ponto tem 01,5 por 1,5 metro, ou seja, 2,25 metros qua­drados. O quadrilátero abrange a área entre as avenidas Inde­pendência e Jerônimo Gonçal­ves e Nove de Julho e Doutor Francisco Junqueira, mas nem toda a região foi liberada ao co­mércio ambulante. Noventa e um candidatos foram habilita­dos para o sorteio, dos quais dois são deficientes e foram classifi­cados automaticamente após a entrega dos documentos exigi­dos e da comprovação de que estavam aptos a exercer a ativi­dade, já que 10% das vagas eram destinadas a este público. Os 41 camelôs que não foram contem­plados entraram para uma lista de suplência estabelecida tam­bém por sorteio.

Levantamento feito pelo go­verno revela que 33 comercian­tes do CPC da avenida Jerônimo Gonçalves terão que desocupar um total de 41 boxes atualmen­te irregulares. A ordem de de­socupação foi tomada após a prefeitura constatar que, além do espaço a que cada um tem direito, eles assumiram – seja por compra ou locação – sem autorização da administração outros espaços, o que não é permitido pela lei que criou o popular “camelódromo”.

As irregularidades foram constatadas após análise da documentação dos 151 per­missionários do local e de um levantamento feito pelo De­partamento de Fiscalização Geral da Secretaria Municipal da Fazenda. Quem está ocu­pando mais espaços do que a lei permite foi notificado no começo de novembro para desocupar os boxes no prazo máximo de 30 dias. A data-li­mite venceu na sexta-feira (6) e a partir de agora eles estão sujeitos á reintegração de área.

O CPC foi inaugurado em 22 de setembro de 2000, no go­verno do ex-prefeito Luiz Ro­berto Jábali (PSDB). A legislação do CPC estabelece que cada permissionário ocupe apenas um box e que o titular não pode transferi-lo. Em caso de morte, o contrato de cessão é encerrado. Entretanto, ao longo do tempo, a lei foi sendo desrespeitada, seja por meio de locação ou da compra de outros estandes sem autorização da prefeitura.

Só para exemplificar, exis­tem comerciantes que, além de lojas em outras regiões da cidade, ocupam quatro boxes no CPC. O Shopping Popular de Compras (SPC), na rua Ge­neral Osório nº 52, também na região da Baixada, está sofrendo intervenções. Criado em 2013 na gestão da ex-prefeita Dárcy Vera, tem 67 estandes, mas ape­nas doze permissionários estão devidamente legalizados. Os outros espaços estão vazios ou ocupados de forma irregular.

Postagens relacionadas

Mulher fica presa nas ferragens após acidente em Serrana

Luque

142 voltam para “casa” após dois dias de saidinha

William Teodoro

Furto de fios prejudica atendimento na UBS do João Rossi

Luque

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade