Tribuna Ribeirão
Política

Árabes prometem medidas políticas

JOSÉ CRUZ-AGÊNCIA BRASIL

A Liga Árabe aumenta a pressão sobre o governo do presidente eleito, Jair Bolsona­ro, e aprovou nesta terça-feira, 18, no Cairo, uma resolução pedindo que o Brasil “respeite o direito internacional” e que abandone a ideia de mudar a embaixada do País de Tel Aviv para Jerusalém, o que significa­ria o reconhecimento da cida­de como capital de Israel.

O grupo irá mandar uma carta de protesto ao novo go­verno e, segundo o governo pa­lestino, os embaixadores brasi­leiros serão alertados de que, se o plano for mantido, a região tomará as “medidas políticas, diplomáticas e econômicas necessárias” diante de um ato considerado como “ilegal”.

A decisão foi tomada depois que as autoridades palestinas so­licitaram uma reunião de emer­gência da Liga Árabe diante do anúncio do presidente eleito. Pesou ainda o fato de a Austrá­lia, no fim de semana, dar uma sinalização na mesma direção, ainda que com uma decisão mais suave que a brasileira e re­conhecendo apenas Jerusalém Ocidental como capital de Israel.

Outra decisão anunciada por Cairo foi o envio de uma “delegação de alto escalão” ao Brasil para lidar com a crise e para informar ao novo governo de Bolsonaro sobre a necessi­dade de “cumprir o direito in­ternacional” no que se refere à situação de Jerusalém. Agrade­cendo aos demais países árabes, o chanceler palestino, Riyad Malki, indicou em um comu­nicado que a decisão havia sido tomada por unanimidade.

Na carta enviada a Bolso­naro, os árabes vão destacar as resoluções da ONU que estabe­lecem o status legal de Jerusa­lém. O conselho da Liga Árabe ainda decidiu comunicar aos embaixadores brasileiros nos diferentes países árabes sobre “qualquer ato que viole o status legal e histórico de Jerusalém”. De acordo com Malki, o recado irá alertar que “estados mem­bros da Liga Árabe tomariam as medidas políticas, diplomáticas e econômicas necessárias em relação a essa ação ilegal”.

Embaixadores palestinos de alto escalão explicaram à reportagem que a aprovação da resolução é um sinal claro de que os demais governos árabes estão dispostos a reduzir com­pras de carnes e outros produ­tos brasileiros caso a mudança da embaixada prometida por Bolsonaro siga adiante.

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