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A eleição na democracia

No Brasil, ocorrem eleições a cada dois anos, no entanto os resultados das urnas mostram que a maioria dos eleitos não representa o que determina o regime democrático, e dão de ombros para a nossa Carta Magna. E esses políticos ines­crupulosos aprenderam com a prática que uma população desinformada fica presa facilmente em suas teias de maldades e corrupção. E a cada nova eleição apresentam as mesmas velhas propostas requentadas, como sendo algo novo, mas to­mam o cuidado para que nunca se materializem, pois perder o controle das massas seria perder o controle do País, e com isso perder o espaço que por direito é a sua herança política.

Para Sócrates (470 – 399 A.C), “enquanto os diversos cidadãos tiverem como parâmetro a eleição de um homem qualquer que lhes é caro, antes de considerar a necessidade de dar poder àquele que melhor usaria, a democracia seria falha (ou seja, um navio mal conduzido). Com isso, o filósofo conclui que o voto, além de uma ação, é uma habilidade que precisa ser ensinada”.

Há quatrocentos anos antes de Cristo, já se sabia que a ação de votar, para escolher os representantes políticos tem que ser ensinada, mas a escola pública, que seria o berço dessa aprendizagem é atacada o tempo todo, para que não cumpra a sua função – afinal a escola pública atende a grande massa que tem que continuar alienada. Na outra ponta, as es­colas que atendem a aristocracia trabalham política o tempo todo, afinal tem que preparar os seus rebentos para assumi­rem os altos cargos que são seus por direito e hereditariedade.

Nas eleições municipais o domínio da velha política fica mais evidente, há uma prática odiosa consolidada, de dormir durante três anos, e acordar no último ano, e transformar a cidade num canteiro de obras, e com isso garantir a reeleição – o lobo perde o pelo, mas não perde o vício. Chegou a hora de darmos um basta nesta patifaria secular.

O jogo político é estruturado para que nada mude, haja vista o poder Legislativo, que deveria representar, e ser a voz da população, principalmente a população carente, que sofre com a falta da infraestrutura e saneamento básico em pleno século 21. A Câmara municipal tem que representar a maioria da população que é pobre, no entanto isso não acontece, pois a população pobre, por falta de conhecimento acaba votando em candidatos que representam uma elite, que há séculos opri­mem e exploram o trabalhador, que por não ter aprendido o seu lugar nesta sociedade continuam votando nesta gente.

Dos vinte e dois vereadores que irão compor a futura Câmara Municipal, a classe trabalhadora tem que eleger no mínimo doze vereadores que estejam comprometidos com os trabalhadores, moradores das periferias pobres, não aceitando candidatos comprometidos com as elites, que só aparecem em anos eleitorais, e também não votar em pessoas da comunidade, que vivem lambendo as botas dos poderosos – agem como capitães do mato. A política é ideológica, não vivemos sem ideologia, e o pobre tem que aprender que não há salvador da pátria, que a vida só vai mudar quando todas e todosparticiparem das decisões da política. Eleger represen­tantes que defendam os trabalhadores, e as periferias pobres é uma questão de honra.

O atual prefeito teve quatro anos para cumprir as promes­sas que fez na campanha de 2016, e não cumpriu.Querer mais quatro anos para fazer o que não fez é tripudiar em cima da população – é chamar o eleitor de incompetente.

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