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Política

Walter Gomes quer ‘prisão domiciliar’

Ribeirão Preto, Walter Gomes (PTB), preso desde 14 de dezem­bro do ano passado por atrapa­lhar as investigações da Opera­ção Sevandija e tentar vender bens que estão em nome de ter­ceiros, quer ficar preso em casa. Ele alega problemas de saúde e até risco de ter um enfarte agudo do miocárdio. Na sexta-feira, 3 de novembro, irá submeter-se a uma cirurgia para corrigir desvio de septo. Antes, na terça-feira, 31 de outubro, estará no Fórum Estadual de Justiça para prestar depoimento ao juiz Lúcio Alber­to Enéas da Silva Ferreira, da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto.

Vai depor na ação penal, que investiga a estreita relação entre a Atmosphera Construções e Em­preendimentos e a Companhia de Desenvolvimento Econômico (Coderp), no âmbito da Opera­ção Sevandija. Ele é um dos nove ex-vereadores acusados de indi­car apadrinhados políticos para trabalhar em setores da prefeitura e de receber propina para apoiar o governo Dárcy Vera (PSD) na Câmara – nega todas as acusações.

Gomes está temporariamen­te detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Serra Azul – foi transferido de Tremembé para realizar exames antes da cirurgia . O advogado dele, Júlio César Mos­sin, protocolou na 4ª Vara Cri­minal um pedido para que o juiz transforme a prisão preventiva de seu cliente em domiciliar. Na soli­citação, a defesa diz que além dos cuidados que o ex-vereador deve­rá ter durante o pós-operatório, ele também sofre de hipertensão ar­terial sistêmica, com predisposição a enfarte agudo do miocárdio.

Segundo Mossin, o pedido é baseado e em relatório médico da unidade prisional. O laudo aponta que Walter Gomes, após a cirurgia, corre o risco de contrair infecções recorrentes, crises hipertensiva e de pânico com insônia, o que leva a uma vida penosa com atendi­mentos médicos frequentes.

No relatório que o Tribuna teve acesso, a defesa afirma ainda que o ex-presidente da Câmara, durante as crises, é atendido com cuidados respiratórios, inalações, calmantes e medicamentos para crise hipertensiva, o que lhe causa ainda mais sofrimento. Além do risco de enfarte, das crise de pânico e insônia e dos problemas respira­tórios, Mossin ressalta que é dever do Estado garantir ao preso o “res­peito à sua integridade física e mo­ral e que a prisão domiciliar é ne­cessária tendo em vista o princípio da dignidade da pessoa humana”.

O pedido foi feito em caráter de urgência e a decisão será anun­ciada antes da data da cirurgia. Na ação penal da Sevandija referente aos atos da Coderp, Walter Gomes é investigado por corrupção ativa e passiva e ocultação de bens e lava­gem de dinheiro.

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