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Comissão vai ouvir camelôs

Adauto Marmita (PR), pre­sidente da Comissão Especial de Estudos (CEE) que vai avaliar a atividade dos camelôs em Ribei­rão Peto, anuncia para a semana que vem – a data está sendo agen­dada – a primeira audiência des­tinada a ouvir as demandas dos vendedores ambulantes. Ele in­forma que serão ouvidos separa­damente os “informais”, o diretor do Departamento de Fiscalização Geral da Secretaria Municipal da Fazenda, Antônio Carlos Muniz, a Prefeitura e representantes das en­tidades do comércio – Associação Comercial e Industrial (Acirp), Sindicato do Comércio Varejista (Sincovarp) e Associação de Mo­radores e Comerciantes do Centro (Amec), entre outras.

“Vamos tentar encontrar uma proposta que seja consensual, que agrade a todos os lados”, espera Marmita. Ele defende aberta­mente mudanças na atual legis­lação, que proíbe a presença de camelôs exatamente nas duas regiões onde eles se concentram – no calçadão e nas imediações do Mercado Municipal (“Mer­cadão”), ao lado do Centro Po­pular de Compras (CPC). A Acirp, por sua vez, já se posicio­nou contra alterações na lei.

Marmita entende que alguns tipos de produtos, como os da área de alimentação, não vão prejudi­car o comércio formal. Luciano José Alves da Silva, chefe de Divi­são na Fiscalização Geral, diz que após a criação da CEE explodiu o número de camelôs atuando irre­gularmente na área do calçadão. Com um número reduzido de fiscais, e proibido pela Prefeitura de pagar horas extras, ele vem en­frentando dificuldades para coibir a ação dos vendedores ambulantes que insistem em trabalhar em lo­cais vetados pela lei.

Nesta sexta-feira, 13 de ou­tubro, seis fiscais em três duplas atuaram no calçadão, especial­mente na Rua General Osório. Neste sábado (14), oito fiscais em quatro duplas estão esca­lados para atuar no local. Silva explica que os fiscais não traba­lham mais sozinhos, mas apenas em dupla ou trios, por causa dos recentes episódios de violência, quando “informais” que tiveram seus produtos apreendidos agre­diram os servidores – um deles chegou a levar pontos na cabeça, atingida por uma carriola jogada por um ambulante clandestino.

De aproximadamente 40 am­bulantes que insistiam em des­respeitar a lei e driblar os fiscais, hoje são mais de 100 – aumento de 150%, segundo o diretor do Departamento de Fiscalização Geral, Antonio Carlos Muniz. Os servidores passaram a ter escolta da Guarda Civil Munici­pal (GCM) e da Polícia Militar.

A “ocupação” do calçadão ga­nhou força depois que a Câmara de Vereadores instalou uma Co­missão Especial de Estudos (CEE) para analisar a situação dos “infor­mais”. Segundo Muniz, alguns am­bulantes passaram a confrontar os fiscais, como se o comércio infor­mal tivesse sido liberado na área.

A Associação Comercial e In­dustrial de Ribeirão Preto (Acirp) e integrantes da Comissão Perma­nente de Segurança Pública da Câ­mara de Vereadores elaboraram uma emenda ao Plano Plurianual 2018-2021 (lei nº 245/2017) que destina R$ 1,5 milhão por ano – R$ 6 milhões no período – para contratação de policiais militares por intermédio do programa Atividade Delegada, do governo de São Paulo.

Por meio do programa – uma espécie de “bico oficial” –, qualquer município pode con­tratar os serviços de policiais mi­litares nos horários de folga – e eles podem trabalhar, na função indicada pela prefeitura, unifor­mizados e armados.

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