A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 1º de março, o segundo aumento no preço dos combustíveis em duas semanas – o quinto do ano –, e o primeiro após a demissão anunciada do presidente da estatal, Roberto Castello Branco. O executivo foi demitido em uma rede social pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, após ser acusado de praticar aumentos excessivos dos combustíveis.
A expectativa é que Castello Branco deixe o cargo em 20 de março, quando termina seu mandato. Desta vez, a estatal elevou o preço da gasolina em 4,8% e o diesel em 5%, aumentos que passam a valer a partir desta terça-feira (2) nas refinarias da estatal. No último aumento, em 19 de fevereiro, o diesel subiu 15% e a gasolina 10%. O novo aumento eleva a alta acumulada no ano para 33,9% no caso do diesel e de 41,6% na gasolina.
A partir desta terça-feira, o litro da gasolina estará R$ 0,12 mais caro nas refinarias, subindo para R$ 2,60 o litro, alta de 4,8% em relação ao preço anterior. Já o diesel terá reajuste de R$ 0,13 por litro, para R$ 2,71, um aumento de 5% contra o último preço praticado pela estatal. O gás de cozinha também terá aumento de 5%, para um preço médio da ordem da R$ 39,69 o botijão de 13 quilos.
No acumulado do ano passado, houve redução de 4,1% no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras, mas a queda não chegou às bombas. Segundo a estatal, em 2020 foram feitos 41 reajustes no combustível. Foram 20 aumentos e 21 quedas no valor do litro. O diesel acumulou queda de 13,2 % no ano passado, em um total de 32 reajustes, com 17 aumentos e 15 reduções no valor.
O preço do etanol hidratado subiu pela 10ª semana seguida nas unidades produtoras do estado e superou a barreira de R$ 2,70 nas usinas paulistas. Os dados foram divulgados na última sexta-feira, 26 de fevereiro, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
O litro do produto saltou de R$ 2,5268 para R$ 2,7100, aumento de 7,25% – já havia registrado elevação de 12,43% no dia 19 e de 5,41% no dia 12. Acumula avanço de 44,52% em pouco mais de cinco meses, segundo os dados semanais do Cepea.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – subiu, ultrapassou R$ 2,90 e pode vencer a barreira de R$ 3 em março se continuar neste ritmo. Passou de R$ 2,7649 para R$ 2,9295, alta de 5,95%. O aumento acumulado em 155 dias é de 35,48%. Os aumentos devem chegar às bombas. A nova disparada de preços dos combustíveis em Ribeirão Preto começou em 19 de fevereiro.
A Central de Monitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto – iniciativa que reúne 85 postos de combustíveis da cidade Ribeirão Preto, o equivalente a 50% do mercado local – emitiu comunicado avisando que os reajustes serão repassados ao consumidor final.
Os postos de Ribeirão Preto já haviam acompanhado as distribuidoras e repassaram a alta de preços anterior para o consumidor final. Nas bombas, o litro do derivado de petróleo já custa entre R$ 4,40 (R$ 4,399) e R$ 4,60 (R$ 4,599) nos sem-bandeira e até R$ 5,20 (R$ 5,199) nos bandeirados – as médias são de R$ 4,50 (R$ 4,499) e R$ 5 (R$ 4,999), respectivamente.
A nova gasolina, com 5% a mais de octanagem, é vendida por até R$ 5,80 (R$ 5,799). O etanol custa entre R$ 3,15 (R$ 3,149) e R$ 3,40 (R$ 3,399) nos independentes e R$ 3,40 (R$ 3,399) a R$ 3,60 (R$ 3,599) nos franqueados – as médias são de R$ 3,30 e R$ 3,50 (R$ 3,599), respectivamente.