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Pastores encontram urso da idade do gelo

FOTOS: NORTH-EASTERN FEDERAL UNIVERSITY

Pastores de renas no Ártico russo encontraram restos per­feitamente preservados de um urso da idade do gelo, de mais de 22 mil anos. As informações foram divulgadas pela Univer­sidade Federal do Nordeste da Rússia (Nefu) na última segun­da-feira, 14 de setembro.

O animal está com dentes e nariz intactos, e os pesquisado­res acreditam que ele seja uma espécie de urso-pardo que viveu de 22 mil a 39,5 mil anos atrás. O urso foi exposto pelo derreti­mento do permafrost nas ilhas Lyakhovsky, parte do arquipé­lago das Novas Ilhas Siberianas, no nordeste da Rússia.

Os cientistas da Nefu expli­caram se tratar de uma desco­berta sem precedentes. Seus res­tos mortais serão estudados na universidade, localizada na cida­de de Yakutsk, no leste da Rússia. Lena Grigorieva, pesquisadora de Paleontologia da Nefu, disse à BBC que o animal seria um an­tigo parente do urso-pardo, uma espécie que vive hoje na Eurásia e na América do Norte.

Os cientistas da universi­dade são conhecidos por suas pesquisas com mamutes-la­nosos e outras espécies pré­-históricas. A pesquisadora de paleontologia disse à BBC que o urso “foi a primeira e única descoberta desse tipo” recupe­rada inteira com “tecido mole”.

“Ele está completamen­te preservado, com todos os órgãos internos no lugar, até o nariz”, informa Lena Grigo­rieva. A universidade também disse que vai convidar outros cientistas russos para participar do estudo, com mais detalhes a serem anunciados em breve.

Anteriormente, segundo a cientista, “apenas crânios e ossos haviam sido encon­trados. Esta descoberta é de grande importância para todo o mundo”. O comunicado da universidade também contou com a fala de Maxim Chepra­sov, que disse ser “necessário fazer uma análise de radiocar­bono para determinar a idade precisa do urso”.

Além desse urso, o cadá­ver preservado de um filhote também foi encontrado na região de Yakutia, no extremo leste russo, de acordo com a Universidade Federal do Nor­deste da Rússia. Em 2019, um filhote de 18 mil anos foi en­contrado perfeitamente pre­servado, com dentes e pelo, no permafrost da Sibéria.

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