Preto (Daerp) encontrou uma ligação clandestina de água, o popular “gato”, em uma residência no Ipiranga, na Zona Norte. Entre janeiro e outubro os fiscais localizaram, em média, doze fraudes por mês na cidade. Ao todo, foram encontradas 129 “gambiarras”.
Depois de uma denúncia, a fiscalização foi até a residência no Ipiranga, onde constataram a ligação clandestina. No local, o usuário do imóvel possuía uma ligação direta da rede do Daerp, sem passar pelo hidrômetro. Também foi encontrado na residência um registro que permitia o controle do volume de água que entrava pela ligação clandestina.
Segundo o responsável pelo setor de fiscalização do Daerp, José Renato Vasquez de Miranda, o usuário usava o registro para controlar o volume de água utilizada ilegalmente no imóvel. “Para não levantar muitas suspeitas, em parte do mês o usuário fechava o registro para que o consumo não ficasse muito baixo”, explicou.
O usuário foi autuado pela fiscalização e terá de pagar uma multa de R$ 3.979,50 (150 Ufesps, Unidades Fiscais do Estado de São Paulo, cada uma vale R$ 26,53 neste ano). Além da multa, o Daerp faz uma média do consumo real e cobra a diferença dos últimos 60 meses – cinco anos.
Para o diretor Comercial e Financeiro do Daerp, Marcus Berzoti Ribeiro, a constância no número de flagrantes de fraudes em hidrômetros e ligações clandestinas se deve ao trabalho intenso da fiscalização. O diretor lembra que é importante a população denunciar estas fraudes através do telefone 115.
“Nós vamos ampliar cada vez mais as ações da fiscalização, com o objetivo de inibir as fraudes. Quem frauda o sistema não prejudica apenas o Daerp com a falta de pagamento, mas também a população, porque reduz a quantidade de recursos para a manutenção dos serviços e investimentos. E prejudica a si próprio porque a punição financeira tem valor significativo”, afirma.