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Desencanto na política!

O povo brasileiro exala um profundo desencanto na política nesses seis primeiros meses do novo governo. Muitos parecem ser os motivos. Cada dia assistimos a uma novida­de de “corrupção”, “lavagem de dinheiro” ou “formação de quadrilha” em relação à maioria dos que pensam que pode­rão reerguer o Brasil das graves crises semeadas nas últimas décadas e que agora afloram em situações bem desgastantes e desagradáveis.

Muito me assusta assistir que a cada dia uma nova po­larização é proposta pela Presidência da República. Fica a impressão de que se está “brincando de ser presidente”. Brincadeiras, aliás, de profundo mau gosto. Onde fica nossa capacidade de buscar nossos direitos no exercício de nossa cidadania? Nosso País sempre foi “assaltado” por líderes po­líticos, desde o seu descobrimento. A novidade do descobri­mento mais recente, é que agora somos informados de como funciona a corrupção sistêmica no cenário político.

Percebe-se uma tentativa daqui e dali, de disfarçar ou procrastinar a realidade de “homens públicos” envolvidos em alguma irregularidade que deveria tê-los impedido de con­correr a algum “cargo público”. Entre eles, os candidatos, há mais de dois mil, que devem alguma explicação à Justiça. Mas a Justiça quer realmente que algum candidato envolvido em alguma irregularidade se explique? Tenho minhas dúvidas. Dificilmente escapa alguém seja de qual partido for.

É indiscutível que a Operação Lava Jato agrada a maioria dos brasileiros. Qual vítima de “roubo” não quer conhecer o ladrão que a lesou? É justo que o Povo trabalhador e honesto continue “bancando” os bilhões de reais desviados, em espé­cie ou bens imóveis, de políticos viciados em barganhas que envergonham qualquer pessoa do bem?

Pior é assistir que alguns ministros da Suprema Corte defendem a “impunidade” dos engravatados que riem do povo simples, pobre, desprovido de necessidades básicas Brasil afora! O que levaria Gilmar Mendes, Ricardo Lewan­dowski, Dias Toffoli e Marco Aurélio, só para citar os mais benevolentes com os crimes de corrupção, se irritar tanto com o descortinar da falta de caráter e pouca vergonha de um razoável número de políticos de diversos partidos? Defender o indefensável passa a nítida impressão de que tais ministros da Suprema Corte debocham abertamente dos cidadãos que garantem seus insuportáveis salários e regalias absurdas, num País onde a maioria considera a corrupção, o maior de todos os problemas.

O desencanto na política é em boa parte promovida pela insegurança jurídica, principalmente por energúmenos do Judiciário que se endeusam e desrespeitam escancaradamente o trabalho sério e eficaz seja da Procuradoria-Geral da Re­pública, bem como de Juízes que atuam imparcialmente em Instâncias Inferiores. Nenhum discurso jurídico deveria se sobrepor a provas contundentes de que houve culpa compro­vada. Por melhor que sejam os advogados de determinados réus, causa estranheza o desrespeito para com a justiça que deve prevalecer sempre.
Repito exaustivamente de que não interessa se os que rou­baram o País devam ser presos depois dessa ou daquela Ins­tância. Desde que devolvam ao Povo o que covardemente lhes roubaram. E não sejam eleitos e muito menos reeleitos os que traíram a confiança de seu povo. Reerguidos do desencanto na política poderemos votar em pessoas novas, extirpando a velha política do “toma lá, dá cá”!

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