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Porque sempre vale a pena

Na última cena do filme “Manhattan”, Woody Allen lista uma série de coisas pelas quais, na opinião dele, vale a pena estar vivo. É uma das mais bonitas cenas do cinema e um estimulante para quem anda desanimado da vida.

Volta e meia me imponho esse exercício – olhar o cotidiano com olhos mais compassivos e lembrar-me dos presentes que estão aí para serem saboreados. Fi­nal de ano é um bom momento pra fazer esse balanço. Afinal, das tristezas e desencantos já estamos carecas de saber.

Então, lá vai minha listinha de prazeres pessoais:

Sol de outono logo de manhãzinha; whisky com muito gelo e pouca água; praia vazia ao cair da tarde; papaia com mel às colheradas; improviso de jazz à meia-luz; água de cachoeira batendo nas costas; onda de mar batendo nas coxas; gosto de sal depois do mar; Billie Holliday cantando qualquer coisa; cinema de tar­de com pipoca; chuva batendo na vidraça; inverno com manta, meia de lã e filminho antigo; amigos cozinhando juntos; gargalhada de criança; beijo na boca; abraço de amigo; ler jornal de domingo com caneca de café quen­te; caminhar sem pressa; anoitecer em cidade grande; trilha no mato; cheiro de chuva no mato; bolo de fubá de tarde; colo de amigo; livro relido, cheio de rabiscos; filme italiano antigo; filme iraniano moderno; risoto de shitake; silêncio; conversa mole, na cama, com filho; café da manhã na cama, com namorado; gato se espre­guiçando; dançar juntinho; dançar sozinho; chorar de saudade; dirigir na estrada; discutir o indiscutível; par­tilhar dores; partilhar prazeres; escrever e, claro, ouvir qualquer coisa do Tom Jobim.

Feliz Ano Novo.

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